Câncer de pele é o mais comum no Brasil, totalizando 25% de todos os tipos de tumor. Médico destaca a importância de se proteger dos dias quentes
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Com a chegada do verão, os cuidados com a pele devem ser redobrados. Por isso, a campanha “Dezembro Laranja” acontece nessa época do ano que antecede a estação mais quente, com o objetivo conscientizar e prevenir o câncer de pele.
A estimativa é que ocorram mais de 175 mil novos casos da doença no país em 2020, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Outros números são igualmente alarmantes: mais de 60% dos brasileiros não usam protetor solar no seu dia a dia; seis milhões de adultos não se protegem ao se expor ao sol.
“A exposição desprotegida aos raios solares é muito danosa ao organismo”, adverte o radioterapeuta Eder Babygton Alves. O médico acrescenta como fatores de risco para esse tipo de tumor a pele clara, que não se bronzeia facilmente, a exposição excessiva ao sol, história prévia de câncer de pele ou casos na família e pintas escuras, com cascas ou disformes.
Prevenção
A boa notícia é que este tipo de tumor pode ser prevenido com o uso do protetor solar, proteção física como chapéu e óculos de sol, assim como evitando a exposição solar entre as 10h e 16h.
No entanto, quando já está instalada a doença, o diagnóstico precoce é fundamental, de acordo com o especialista, pois permite a boa evolução clínica do paciente. “Tão logo perceba manchas diferentes pelo corpo, não hesite, procure por um especialista”, aconselha o radioterapeuta.
No Brasil, o tipo mais comum de câncer de pele é o não melanoma, que tem baixa letalidade, mas apresenta elevada ocorrência. Esse tipo de tumor, que consiste no crescimento anormal e descontrolado de algumas células que compõem a pele, pode ser identificado por meio de exame clínico por um especialista da área e confirmado por biópsia.
Dr. Eder informa que a radioterapia desempenha papel importante no tratamento, como opção à cirurgia, especialmente nos casos dos tumores do tipo não melanoma. Avançadas tecnologias possibilitam a aplicação de terapêuticas eficazes, de forma segura e com bons resultados estéticos.
A técnica de radioterapia mais empregada para tratar a pele consiste na utilização de elétrons (um tipo de radiação com massa corpuscular), com baixa penetração, “apenas ao nível da pele, sem prejuízos a órgãos ou tecidos abaixo dela”, de acordo com o especialista do Radion.