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“A nossa meta é fechar o trimestre zerados”. Essa é a promessa do secretário de Prefeituras Regionais da cidade de São Paulo, Cláudio Carvalho, feita em entrevista por uma emissora de TV sobre um dos problemas mais presentes na rotina do paulistano: os buracos pelas ruas da cidade. A pasta administrada por Carvalho é responsável por coordenar as ações das 32 Prefeituras Regionais da cidade.
Entre as atividades coordenadas pela pasta está a operação tapa-buraco e ações de zeladoria, como poda de árvores, aparar o mato e a fazer a conservação de vias e praças — atividades que são destaque do programa “Cidade Linda”.
Só na central de atendimento da prefeitura de SP, o serviço 156, em 2017, foram registradas 2.703 protocolos de reclamações sobre buracos nas vias.
Segundo Carvalho, a prefeitura tem feito sua parte. “Nós atendemos, no ano de 2017, mais de 150 mil solicitações para fechar buracos”, diz. O secretário destaca ainda que a prefeitura tem uma média de 1.200 buracos tapados na cidade por dia.
Apesar de expressivo, o número é inferior ao balanço feito pelo prefeito de São Paulo, João Doria. Em um vídeo publicado nas redes sociais dele no início do ano, o tucano afirma ter tapado 204 mil buracos em 2017.
Já em bairros da periferia, a operação tapa-buraco segue a passos lentos. Bairros como Penha, Cidade Tiradentes, Itaim Paulista, Vila Jaguará e Tremembé têm poucos sinais de que as equipes da prefeitura passaram por ali.
Outra reclamação frequente entre os paulistanos são as queixas sobre mato alto e poda de árvores. “A cidade está largada”, diz o taxista Roberto Siqueira ao passar por uma área de lazer com mato alto na alça de acesso do Viaduto Carlos Ferraci no Tatuapé, zona leste da cidade.
O secretário das Prefeituras Regionais também diz estar trabalhando para resolver o problema. “Você vai ver uma melhora. Tem algumas regiões da cidade que estão com falta de equipes, por uma série de assuntos burocráticos, mas estamos resolvendo isto”, justifica Cláudio.
Buracos em rua na zona lesteWerther Santana/Estadão Conteúdo
Números
A Controladoria Geral de São Paulo, órgão vinculado à prefeitura, divulgou, na sexta-feira passada (19), o balanço de Ouvidoria 2017. O relatório mostra o número de reclamações formais feitas pelos moradores da cidades durante o primeiro ano do prefeito João Doria.
No total, foram 33 mil atendimentos feitos por meio dos canais da prefeitura, como o 156. Quase metade do número registrado no anterior.
Porém o número de protocolos, reclamações que viraram ordens de serviço, aumentou 15%. Em 2017, foram registrados 15.339 protocolos contra 13.280 em 2016.
A soma entre as reclamações feitas sobre a Secretaria de Prefeituras Regionais e todas as prefeituras regionais de São Paulo contabilizam 12.672 protocolos. Esse resultado reflete que 80% dos problemas enfrentados pelos paulistanos são de zeladoria.
As três principais reclamações registradas em 2017 foram sobre: buraco e pavimentação (2.703 protocolos), árvore (2.455) e protocolos e drenagem de água da chuva (1.180 protocolos).
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