A região do viaduto Jaguaré, na marginal Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, que cedeu dois metros na quinta-feira (15), apresenta trânsito lento na manhã desta segunda-feira (19).
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), a área registrava mais de 10 km de lentidão por volta das 7h30 desta segunda-feira (19).
De acordo com a companhia, a pista local da marginal Pinheiros apresenta 6,3 km de lentidão, entre a ponte Transamérica e Laguna, sentido Interlagos, por volta de 7h18. Da outra ponta, sentido rodovia Presidente Castello Branco, duas passagens com trânsito: entre a ponte João Dias até rua José Maria (2,3 km) e ponte João Dias até a rua Quintana (6,2 km).
Duas linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) apresentam problemas na manhã de hoje. A linha 9-Esmeralda, que passa na região do viaduto que cedeu, registra trens com velocidade reduzida — as estações Villa Lobos-Jaguaré e Cidade Universitária estão fechadas desde o acidente. A linha 12-Safira e 13-Jade também seguem com velocidade reduzida.
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Mais cedo, pouco antes das 7h, o tráfego fluía bem. Para resolver o problema do trânsito, a Prefeitura de São Paulo montou um gabinete de crise para também administrar demais situações relacionadas ao viaduto Jaguaré.
Na sexta-feira (16), o órgão suspendeu o rodízio de veículos na marginal Pinheiros entre a avenida dos Bandeirantes e a ponte dos Remédios. A medida vale a partir de quarta-feira (21), quando volta a valer a restrição de veículos na cidade — que estava suspensa em função dos feriados da Proclamação da República e Dia da Consciência Negra. A suspensão deve ser mantida até que a obra no local seja finalizada e a pista totalmente liberada.
Estrutura
Segundo o secretário de Infraestrutura e Obras de São Paulo, Vitor Aly, medições detectaram movimentos na estrutura do viaduto, de cerca de 3 milímetros, entre sábado (17) e domingo (18). Ele ressaltou, no entanto, que as oscilações estão “dentro do esperado”. “É normal, a estrutura sofre uma dilatação por causa do calor. Pontes e viadutos são construídos assim, com juntas de dilatação, para se mover mesmo, senão desaba tudo”, afirmou Aly.
Segundo o secretário, estão sendo realizadas escavações no local para colocar dez estacas e saber a profundidade da fundação. “Essas estacas nos dirão a profundidade em que deveremos colocar as fundações para construir o bloco que vai sustentar o macaco hidráulico, que será usado para alinhar novamente a estrutura do viaduto”, disse.
Fonte: R7
Foto: Willian Moreira/Estadão Conteúdo