O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira (6) durante reunião no Palácio do Planalto com líderes de partidos governistas na Câmara que continuará se empenhando pela reforma da Previdência, mas ressalvou que a proposta pode não ser aprovada “em todo o conjunto”.
Segundo ele, a intenção é obter “avanços”, de modo a que um futuro governo possa fazer “uma nova revisão”. A reforma da Previdência sofre resistência na Câmara até mesmo entre parlamentares aliados do governo, para os quais somente será possível aprovar um texto “enxuto”.
Nesta segunda, o líder do PMDB, deputado Baleia Rossi (SP), disse que o debate sobre a reforma da Previdência precisa ser iniciado novamente, porque antes das denúncias contra Temer apresentadas pela Procuradoria Geral da República e rejeitadas pela Câmara, o governo tinha votos para aprovar a reforma. “A realidade é que o quadro hoje não é esse. O governo não tem votos para votar uma PEC, o quórum qualificado de 308 votos”, afirmou Baleia Rossi.
Temer afirmou que continuará insistindo na aprovação da reforma da Previdência. A proposta, enviada ao Congresso no ano passado, já foi aprovada por uma comissão especial.
Temer disse ainda que a reforma da Previdência não é dele, é do governo, mas de um “governo compartilhado”.
O presidente afirmou que se a sociedade e o Congresso não quiserem aprovar a reforma, “paciência”. “Eu continuarei a trabalhar por ela [a reforma]. Eu sei da importância, como todos sabemos, da importância da reforma previdenciária”, declarou.
Temer afirmou que governo teve a “coragem” de formatar a reforma da Previdência e disse que, se não fosse “aquela coisa desagradável” [as denúncias da Procuradoria Geral da República contra ele, rejeitadas pela Câmara], o governo já teria aprovado as mudanças. “Acabaram atrasando a reforma”, lamentou.