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A Prefeitura de Campinas começou a implantar um sistema de controle eletrônico de frequência aos servidores municipais, que irá eliminar gastos com papeis e tôner para a impressão da folha ponto. Na prática, muda apenas a forma como as informações chegarão à área de recursos humanos.
O projeto maior, que vai implantar o registro eletrônico de ponto (REP) por biometria, à prova de fraudes, deve ficar para o final do ano, porque a Prefeitura ainda trabalha na licitação para a contratação da empresa que instalará os equipamentos.
Por enquanto, somente os funcionários do Hospital Municipal Mário Gatti e da Guarda Municipal utilizam o REP, um modelo em que o funcionário marca a presença com a própria digital em um aparelho que é interligado ao sistema do departamento pessoal da Prefeitura, que controla as horas trabalhadas eletronicamente.
A implantação do controle foi uma recomendação do Ministério Público Federal, em 2013, a todas as prefeituras da região para que instalassem o controle eletrônico de servidores e médicos vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), em função das frequentes notícias sobre a ausência de médicos no serviço público de saúde, com prejuízo direto da população, bem como fraudes nos registros de pontos dos médicos.
Já o sistema eletrônico de frequência que a Prefeitura começa implantar, inicialmente para os 200 servidores da Secretaria de Recursos Humanos, elimina as etapas que necessitam de papel. Atualmente, os servidores entram no site na Prefeitura e preenchem um formulário com horários de entrada e saída. Esse formulário é então impresso para que o chefe do setor valide as informações, e o papel vai para o RH, que digita novamente as informações.
Com a mudança iniciada este mês, o funcionário continua preenchendo o formulário, mas seu chefe, de posse de uma senha, acessa as informações, as valida e as mesmas caem automaticamente no setor do RH, sem necessidade de envio de papeis.
Com isso, segundo a Administração, o risco de erros é reduzido e os gastos com papeis e tôner diminui. São 16 mil servidores na Prefeitura que ‘batem ponto’ e que têm que guardar os comprovantes de frequência durante seis anos.
O sistema que está sendo implantado foi desenvolvido pela Informática dos Municípios Associados (IMA) e já está adaptado para receber o controle biométrico, a partir do momento em que a Prefeitura faça a aquisição dos relógios de ponto com sistema digital.
Desde o ano passado a Prefeitura prepara licitação para contratar a empresa que instalará o registro eletrônico por biometria em todas as unidades. A intenção é ter equipamentos mais robustos que os atuais, que evitam fraudes — como o uso de ‘dedos’ de silicone, que são feitos sob medida com as digitais de funcionários. Mas isso ainda não ocorreu.
Já o sistema da IMA é basicamente o registro da frequência para os lançamentos referentes à folha de pagamento, que hoje são feitos em folhas de papel.
Segundo a secretária de Recursos Humanos, Elizabete Filipini, o primeiro benefício é a eliminação do desperdício de matéria-prima, como papel e tôner. Além disso, garantirá maior transparência no controle de frequência.
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