Um novo medicamento, testado em pessoas que já realizavam o uso de outros remédios, reduz o colesterol ruim (LDL) em cerca de 60% além dos níveis já atingidos anteriormente. A informação consta em estudo publicado fora do país, na New England Journal of Medicine, que também apontou a redução do risco de infartos e de acidente vascular cerebral em pessoas que sofrem de arteriosclerose.
O teste, realizado com 27.564 pacientes que já adotavam estatina para inibir a formação de colesterol no organismo, causou uma redução de 27% do risco de infarto e de 21% do risco de AVC dos envolvidos.
O estudo apontou que a cada 74 pessoas que tomaram a droga por dois anos um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral foi evitado.
O medicamento, aprovado pela Anvisa desde 2016, é recomendado para quem não responde ao tratamento com estatina, remédio adotado há décadas como tratamento regular por dezenas de milhões de pessoas no mundo com colesterol alto.
Quando usado em níveis máximos, a estatina reduz em média 50% do nível de colesterol ruim no corpo, explica Fonseca. A média geral de redução, porém, é um pouco mais baixa, entre 30% e 50%, já que nem todos que têm este tipo de colesterol podem tomar os níveis máximos de estatina no tratamento.
A grande restrição ao uso do medicamento, no entanto, é seu preço –cerca de R$ 33 mil por ano, no Brasil.