Além do tricampeonato, o país foi consagrado com 16 medalhas, 10 de ouro e seis de prata
Crédito da foto: Subprefeitura de Itaim
De 09 a 11 de novembro, aconteceu o Campeonato Mundial WTKA de Esportes de Contato 2018. A equipe de atletas que representaram o Brasil é formada por munícipes do Itaim Paulista e trouxe para o país o tricampeonato no Desafio de Combates. Além disso, o Brasil ficou em 4º lugar na classificação geral, com 16 medalhas, sendo 10 de ouro e seis de prata.
Nesta edição, o país que sediou o campeonato foi a Argentina. Para o atleta William Silva (Capitão), 37, representar o Brasil foi uma experiência gratificante e árdua. “Saímos do extremo leste de São Paulo, fomos até a Argentina e conseguimos trazer o título mundial”, afirma.
Capitão começou nas artes marciais em 2005. Antes era jogador de futebol e já chegou a atuar como goleiro em clubes como Palmeiras, São Paulo e Juventus da Mooca. Encerrou sua carreira futebolística no Palmeiras, se dedicando apenas aos esportes de contato. Além de ex-jogador e lutador, é agente de segurança, no Metrô São Paulo.
Outro lutador da equipe é Everton Martins, 29. Everton recorda que entrou no esporte por motivos fúteis. “Eu era muito folgado. Vivia arrumando brigas a toa. Em qualquer discussão, já queria brigar”, relembra. Em um dia, quando voltava do trabalho, viu alguns garotos treinando e decidiu se matricular também. Entretanto, seu principal intuito era ganhar habilidade para brigar com mais agilidade. O atleta recorda que só mudou o pensamento, quando assistiu pela primeira vez uma competição profissional de Muay Thai. “Agora o meu pensamento é lutar para competir. Graças à disciplina que adquiri durante os treinamentos e ensinamentos do meu mestre Eduardo Duka, deixei de ser aquela pessoa ignorante e me transformei em um atleta”, finaliza.
A equipe também conta com a participante Natalice Gonçalves Martins, 25. Natalice é casada com Everton e diz que o incentivo inicial veio dele. “Na época éramos namorados. Ele começou a treinar e me chamou para fazer uma aula”. A medalhista lembra que não queria participar, porque não se interessava por isso, até que foi assistir uma luta de Everton e se apaixonou pelo esporte. Depois desse dia, decidiu que começaria a lutar também. “Já lutei em vários campeonatos e, em alguns deles, ganhei por W.O, por não ter adversárias”, recorda. A atleta conta que já pensou em desistir de lutar, por sofrer lesões. “Fiquei com um pouco de medo, mas o meu esposo me incentivou a não desistir. Voltei a treinar este ano, consegui a vaga para participar da Copa Mundial e fui campeã no K1 e vice-campeã em Low Kick”.
Cássio Eduardo, 27, também conhecido como Cássio Orelha, é outro medalhista do grupo. Desde criança jogava bola e treinava em alguns times. Foi no futebol que deu o primeiro passo para se tornar um campeão. “Quando jogava, conheci algumas pessoas que treinava Muay Thai e decidi treinar também, porque queria ganhar maior condicionamento físico para os jogos de futebol”, relembra. E, então, começou uma rotina intensa de treinos. Cássio também foi aluno do mestre Eduardo Daka e se tornou faixa preta pela academia IFC. Hoje tem sua própria academia de artes marciais. Além de atleta profissional, é formado em gastronomia e, atualmente, se sustenta das aulas que oferece em sua academia.