A quantidade de mortes em investigação sob suspeita de terem sido causadas pelo vírus H1N1 entre as sete cidades saltou de três para 17 no período de uma semana, entre o dia 6 e ontem. Até o momento, a região tem quatro vítimas fatais confirmadas em decorrência da gripe, duas em Santo André, uma em São Bernardo e uma em Mauá.
Nenhuma das cidades especificou as características dos óbitos que estão em investigação pelo Instituto Adolfo Lutz. Não foram informados prazos para que os laudos sejam finalizados. Em 2015, somente Mauá contabilizou um caso da doença no Grande ABC. No entanto, não houve mortes naquele ano.
Os números integram balanço divulgado pelas secretarias da Saúde das prefeituras ontem. O Grande ABC já registra 33 casos confirmados de H1N1, índice 230% maior que o observado há uma semana: dez. São 20 ocorrências em São Bernardo, seis em Santo André, três em São Caetano, duas em Diadema e duas em Mauá. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra não têm vítimas da gripe A confirmadas.
Já em relação à quantidade de registros de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) com potencial para ser H1N1, a quantidade subiu de 62 para 316 no período. Somente em Santo André são 135 ocorrências, 88 em São Bernardo, 36 em Diadema, 30 em Mauá, 25 em Ribeirão Pires e duas em Rio Grande da Serra.
Em todo o País, a gripe A (H1N1) já fez 686 vítimas, sendo 102 fatais. No Estado de São Paulo, foram 70 mortes em razão do problema, oito na Capital.
A preocupação em relação ao tema fez com que o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, por meio do GT (Grupo de Trabalho) Saúde, criasse sala de situação para acompanhar os casos de gripe na região. A primeira reunião do grupo está prevista para acontecer na próxima semana. Serão monitorados os casos graves que necessitam de internação em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para eventual plano de contingência regional.
Os principais sintomas da Influenza A (H1N1) são infecção aguda das vias aéreas e febre – em geral mais acentuada em crianças que em adultos. Também podem surgir calafrios, mal-estar, dores de cabeça e de garganta, moleza e tosse seca, além de diarreia, vômito, fadiga e rouquidão.
A prevenção da doença é feita com regras básicas de higiene, como cobrir a boca ao tossir ou espirrar e lavar as mãos com frequência. Também se deve evitar permanecer por muito tempo em ambientes fechados, sem ventilação e com aglomeração de pessoas.
CAMPANHA – Começou na segunda-feira segunda etapa da campanha nacional de vacinação contra a gripe nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) da região. A imunização é destinada a crianças de até 5 anos, gestantes e idosos. A partir da próxima semana, a campanha abrangerá mulheres puérperas e pessoas com comorbidades e, no dia 30, começa a mobilização nacional.
A vacinação será destinada apenas aos grupos de risco, porque esses segmentos da população são os que apresentam maior possibilidade de complicações por conta do vírus da gripe. A campanha se estenderá até o dia 20 de maio, no horário de funcionamento das UBSs.
Fonte: Diário do Grande ABC.