O número de imóveis novos vendidos em abril, na cidade de São Paulo, atingiu 1.267 unidades, o que é 16% abaixo da comercialização de fevereiro último e 28% maior do que em igual mês do ano passado. No acumulado desde janeiro, as vendas cresceram 4,4% com a venda de 2.856 unidades. Os imóveis de dois dormitórios predominaram em todos os indicadores da pesquisa de março: 466 vendas, 251 lançamentos, oferta final de 9.680 unidades e índice VSO de 4,6%. Isso confirma o bom desempenho desse produto no mercado.
Os dados são da Pesquisa do Mercado Imobiliário, feita pelo Departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP, o sindicato da habitação de São Paulo. O levantamento mostra que a maioria das vendas refere-se aos imóveis de dois dormitórios com um total de 466 unidades. No período, ocorreram 251 lançamentos.
De acordo com a análise dessa entidade, a pequena elevação das vendas no trimestre não representam ainda uma recuperação por ter ficado abaixo da média de 5,5 mil unidades registrada entre 2004 e 2015.
O presidente do Secovi, Flavio Amary, também observou que os negócios fechados estão mais concentrados em unidades de menor valor. “Os primeiros três meses do ano mantiveram a tendência observada ao longo de 2015, de comercialização de unidades com tíquete baixo, predominantemente de dois dormitórios”.
Em um ano lançamentos caem com a baixa procura
Com base na apuração feita pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), as unidades lançadas em março caíram 26,9% em relação ao mesmo mês de 2015 totalizando 565 imóveis residenciais. Sobre fevereiro, no entanto, este número representou um aumento de 230%.
No trimestre, houve queda de 23% com 2.192 unidades, a menor quantidade para o período desde 2004.
A maioria dos lançamentos em um total de 310 unidades atingiu área útil de 45 metros quadrados e 65 metros quadrados. As unidades oferecidas por preço entre R$ 225 mil e R$ 500 mil lideraram as vendas e os lançamentos com negócios fechados em 422 imóveis.
Por meio de nota, o vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP. Emílio Kallas, afirmou que “o baixo número de lançamentos está relacionado à falta de confiança no ambiente político-econômico do País, às alterações na legislação urbana (PDE e Lei de Zoneamento) e à necessidade das empresas em gerar caixa e diminuir as unidades em estoque”.
Fonte: Agência Brasil