Funcionários do Hospital Ouro Verde, em Campinas (SP), entraram em greve, nesta segunda-feira (9), para reivindicar o pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias, salário de setembro, além dos pagamentos dos direitos trabalhistas de funcionários demitidos. O diretor do Sindicato da Saúde (Sinsaúde) Paulo Sérgio Pereira da Silva disse que os funcionários só voltam com o pagamento e o cronograma de encargos atrasados. No final da manhã os grevistas fizeram uma passeata na Avenida Ruy Rodrigues por cerca de 20 minutos.
Estão parados enfermeiros, técnicos em enfermagem, faxineiros e técnicos de exames. Segundo eles, entre 30% e 50% dos trabalhos serão mantidos e pacientes internados continuarão a ser atendidos. “Estamos há alguns meses com falta de pagamentos, pagamentos estes só a metade dos pagamentos”, afirma o funcionário Elias da Silva.
Atendimento
O pintor Celso Alves da Silva disse que está desesperado porque o filho dele, de nove meses, está com queimaduras de terceiro grau, mas foi levado para a emergência porque não há vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A Prefeitura informou que foi pedida a transferência dele para outro hospital e isso pode ocorrer a qualquer hora.
O que diz a Vitale
O Ouro Verde é administrado pela empresa Vitale. A Vitale informou que paga nesta segunda-feira (9) 900 funcionários, que equivalem a 60% do total de funcionários. Os demais serão pagos na terça-feira (10). A empresa alega que o hospital está funcionando normalmente e que os colaboradores demitidos vão receber quando a prefeitura fizer o repasse. A administração pública informou que já fez o repasse.