De acordo com o Ministério da Saúde, por falta de vacina, a campanha nacional de imunização gratuita não acontecerá neste mês.
Texto adaptado da Assessoria de Comunicação do CRMV-SP
Foto: Divulgação
A campanha de vacinação gratuita de cães e gatos contra raiva, normalmente promovida em agosto, está sem data para acontecer no Estado de São Paulo, por conta de uma alteração no cronograma de entrega das vacinas ao Ministério da Saúde. O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) orienta os tutores a imunizarem os animais de estimação nas clínicas e consultórios particulares, para garantir a prevenção da doença.
“A vacinação de cães e gatos é importante para zelar pela saúde, tanto dos animais quanto dos seres humanos. Manter a carteira de vacinação anual do pet em dia é fundamental”, ressalta a médica-veterinária Adriana Maria Vieira Lopes, presidente da Comissão Técnica de Saúde Pública Veterinária do CRMV-SP.
Alteração no calendário da campanha
De acordo com nota oficial do Ministério da Saúde, o laboratório que produz a vacina antirrábica inativada para uso exclusivo em cães e gatos (VARC) e fornece esse imunobiológico ao governo informou que o cronograma de envio do produto foi alterado. Com isso, a previsão é de que a entrega aconteça, apenas, a partir do mês de novembro.
Uma vez que somente após essa entrega o Ministério poderá distribuir as vacinas ao Estado de São Paulo, que, por sua vez, distribui aos municípios, a campanha de vacinação contra a raiva não tem data para ser realizada.
No caso da cidade de São Paulo, a Prefeitura informou que 13 postos fixos terão vacinas disponíveis. Para saber os endereços, basta entrar em contato pelos telefones 156 e (11) 3397-8900.
Vale destacar que é importante vacinar os pets por conta de que a raiva é uma doença causada por vírus, do gênero Lyssavirus, da FamíliaRhabdoviridae, sendo uma doença caracterizada como uma encefalite progressiva aguda, de distribuição mundial, que acomete os mamíferos. Sua transmissão ao ser humano ocorre pelo contato com a saliva de animais infectados com o vírus e, geralmente, a infecção se dá por meio de mordeduras, podendo também ser por meio de arranhaduras e/ou lambeduras.
“A raiva apresenta praticamente 100% de letalidade e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em mais de 95% dos casos humanos a transmissão ocorre por agravos causados por cães infectados”, argumenta a médica-veterinária Luciana Hardt Gomes, que integra a Comissão Técnica de Saúde Pública Veterinária do CRMV-SP.
A prevenção é feita por meio de vacinas, em esquemas pré ou pós-exposição. “No entanto, ainda causa aproximadamente 59 mil mortes por ano em todo o mundo, devido à falta de acesso à profilaxia ou inexistência desta em algumas localidades. As crianças são as maiores vítimas”, comenta a médica-veterinária Dra. Adriana Maria Vieira Lopes, presidente da Comissão.