Embora haja ampla informação sobre os males causados à saúde pelo tabagismo e que se trata de um fator de risco cardiovascular, o hábito é a maior causa de mortes evitáveis. No Brasil, estima-se que aproximadamente 22 milhões de pessoas façam uso do tabaco. No mundo, um bilhão.
Os fumantes têm risco de morte súbita até quatro vezes maior. O vício aumenta as chances de infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, conhecido como derrame, angina e outras doenças, como o câncer.
A nicotina estreita veias e artérias. Outros componentes do cigarro lesam o endotélio, a camada de revestimento interno dos vasos, causando lesões nos tubos.
De acordo com Jennifer França, psicóloga e diretora científica do Departamento de Psicologia da Socesp, existem fatores psicológicos que estão ligados ao hábito de fumar, presentes de maneira muito intensa em alguns fumantes. Ela destaca que, para combater a prática, é importante saber quais são os gatilhos, ou seja, em que situações o uso do tabaco é feito. “Os fumantes não são iguais. Eles têm uma relação diferente com o cigarro. Tanto que alguns fumam maios e outros, menos”. Fatores como prazer, hábito, redução da tensão, manipulação e estimulação são partes importantes nesse processo”.
Dia Mundial Sem Tabaco
O Dia Mundial Sem Tabaco é lembrado anualmente em 31 de maio. A data foi criada em 1987 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como marco na luta contra o grave problema, considerado uma epidemia global.
O fumo mata seis milhões de seres humanos por ano, — com projeção de crescimento para oito milhões em 2030.
Pensando em diminuir a incidência de doenças e mortes cardiovasculares, renomados médicos e profissionais de saúde nacionais e internacionais irão reunir-se no XXXVIII Congresso de Cardiologia da Socesp, que acontecerá dos dias 15 a 17 de junho, no Transamerica Expo Center, em São Paulo.
O objetivo do evento é a discussão e apresentação de estudos científicos e casos clínicos que auxiliem os profissionais ligados à cardiologia a melhorar a prática clínica, auxiliando a população no combate das doenças do coração.