Com capacidade para 20 mil atendimentos por mês, em média, UPA dispõe de 57 salas e oferece serviços de clínica médica, cirurgia geral, pediatria, ortopedia, coleta laboratorial, entre outros
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Texto e foto: Divulgação/Governo de São Paulo
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A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), entregou na manhã desta quinta-feira (21) a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cidade Tiradentes, com capacidade para realizar cerca de 20 mil atendimentos por mês. Essa é a quinta UPA na zona leste. Agora, a capital conta com 18 unidades, sendo 15 entregues nos últimos quatro anos.
O prefeito Ricardo Nunes destacou a importância do equipamento para a cidade, considerando a igualdade social. “O caminho para uma São Paulo mais justa passa, obrigatoriamente, pela presença do poder público nos bairros mais periféricos”, disse. “Trata-se de um processo de integração da saúde no território importantíssimo”, emendou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, lembrando os outros equipamentos já instalados na região: a Unidade Básica de Saúde (UBS) Nascer do Sol e o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantojuvenil II Cidade Tiradentes. “Dessa maneira, a UBS vai cumprir o seu papel, que é ser a porta de entrada da população. Depois, a UPA cumpre outro papel importante, que é fazer o atendimento de urgência e emergência, para poder encaminhar os casos de média e de alta complexidade para o hospital Cidade Tiradentes”, justificou o secretário, explicando que a UPA organiza o sistema de saúde de forma definitiva na região.
A UPA Cidade Tiradentes será uma unidade tipo 3, com atendimento 24 horas e 13 leitos, incluindo observação (adulto e infantil) para pessoas acometidas por quadros agudos de natureza clínica e a primeira intervenção para os casos cirúrgicos e de trauma. No local, é possível estabilizar os pacientes e realizar a investigação diagnóstica inicial para definir a conduta necessária para cada caso. O local vai oferecer ainda serviços de urgência e emergência em clínica médica, pediátrica, ortopédica, cirúrgica e exames laboratoriais.
A estrutura física conta com 57 salas, entre consultórios, salas de avaliação de risco, serviço social, posto de enfermagem, quartos de isolamento, recepção, salas de espera, entre outros espaços.
Com investimento total de R$ 8.843.491,81, a obra foi executada com recursos da prefeitura em contrapartida aos investimentos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como parte do programa Avança Saúde SP. Desse valor, R$ 5.868.856,52 foram destinados à construção do prédio e R$ 2.974.635,29, à aquisição de equipamentos médicos e mobiliários. O custeio mensal da UPA será de R$ 4.454.942,36.
A UPA Cidade Tiradentes será administrada pela Organização Social de Saúde (OSS) Santa Marcelina e vai contar com mais de 400 colaboradores. A unidade integra a Rede de Atenção às Urgências, que concentra os atendimentos de saúde de complexidade intermediária, compondo uma rede organizada em conjunto com a atenção básica, hospitalar, domiciliar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). “Juntos nós construímos o SUS, juntos nós construímos o sistema de saúde”, pontuou a irmã Rosane Ghedin, diretora-presidente do Santa Marcelina Saúde.
A unidade foi construída pelo Departamento de Edificações da Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) e possui 1.933,12 m² de área construída. A UPA Cidade Tiradentes atende a todas as normas de acessibilidade vigentes, com aquecimento solar, água de reuso, além de local para armazenamento de lixo comum, reciclável e infectante. “Essa UPA vai ser útil para nós, porque vai ser 24 horas e nessas 24 horas muitas coisas acontecem dentro das nossas casas”, disse a moradora de Cidade Tiradentes Sueli Carvalho Profeta, de 71 anos, que é aposentada como auxiliar de enfermagem. “É o céu para nós. Não devia ser UPA, devia ser céu”, comemorou.
A cerimônia de inauguração da UPA contou com a presença de parlamentares, gestores, funcionários da SMS, parceiros e membros do Conselho de Saúde da região.
Avança Saúde SP
O Avança Saúde SP é um programa de reestruturação e requalificação das redes assistenciais da cidade de São Paulo que tem como objetivo ampliar a oferta, melhorar as condições de acesso e aprimorar a qualidade de serviços municipais do Sistema Único de Saúde (SUS) na capital para a população.
O investimento total no programa é de US$ 200 milhões (cerca de R$ 1 bilhão), dos quais US$ 100 milhões (R$ 500 milhões) financiados junto ao BID e o restante como contrapartida da Prefeitura de São Paulo. Em setembro, o banco liberou mais US$ 22 milhões (cerca de R$ 114 milhões) para a gestão municipal, como parte do empréstimo total.
Nesta etapa do contrato estão previstas a construção de mais equipamentos de saúde, como UPAs e Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além da continuidade das reformas das UBSs. Até o momento, 42 estão concluídas, 50 em andamento e duas contratadas. Pelo programa, as próximas UPAs a serem entregues serão City Jaraguá, Vergueiro e Parelheiros. De acordo com o prefeito Ricardo Nunes, além dessas, até o fim de sua gestão, mais 15 UPAs serão abertas. “A gente tem bastante coisa, ainda, para avançar.”