O Casarão Franco de Mello será concedido à CNI (Confederação Nacional da Indústria), que pretende construir um museu no local com exposições sobre tecnologia e o futuro da sociedade. Com o auxílio do Sesi, o terreno localizado na Avenida Paulista deve estar pronto para receber o público até 2022, segundo previsão da gestão estadual. O espaço tem cinco mil metros quadrados, onde serão feitas oficinas e mostras com temas relacionados à economia criativa, inovação e empreendedorismo. A proposta é inspirada na de outro museu, que representantes do governo do Estado visitaram em agenda nos EUA: o Exploratorium, que fica na cidade de San Francisco, Califórnia.
O restauro e a construção do anexo já foram aprovados pelos conselhos responsáveis pelo tombamento do imóvel. O projeto não vai trazer custos à gestão estadual, como disse Sérgio Sá Leitão, secretário de Economia Criativa e de Cultura do Estado de São Paulo. “O custo do projeto vai ser arcado pelo Sesi Nacional, com o custo do restauro, da construção do anexo e da implementação.”
“A ideia é que seja um museu imersivo, interativo e que as pessoas possam conhecer tecnologias que vão gestar o futuro da humanidade”, disse Sá Leitão. Para ele, o futuro da “4ª Revolução Industrial” será definido pelo impulsionamento da economia pelo capital intelectual, “a partir da convergência entre arte, criatividade, inovação e tecnologia”.
O casarão
O palacete foi erguido em 1905 para ser moradia do fazendeiro de café Joaquim Franco de Mello, junto da mulher Lavínia e do filho Raphael. Segundo depoimento do bisneto do cafeicultor, o antiquário Renato Franco de Mello, o casarão foi reformado e ampliado em 1912 após projeto de um arquiteto francês, que teria modificado grande parte das características originais.O palacete é considerado o único remanescente do primeiro assentamento da Paulista, que ainda preserva alguns espaços não residenciais mais antigos, como o Parque Trianon (1892) e o Instituto Pasteur (1904). Loteada em 1891, a via tem outros três casarões, sendo um deles a Casa das Rosas (1935), enquanto os demais são considerados exemplares tardios.
Fonte: R7
Foto: Fábio Vieira/ Fotorua/ Estadão Conteúdo