Publicado por @PriscilaMortensen
Em ação inédita em Campinas, o Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia traz uma réplica de um intestino em tamanho gigante para alertar a população sobre o câncer de colorretal. A visitação gratuita acontece na Casa de Vidro, no Lago do Café, e será aberta ao público nos dias 22 e 23 de setembro, das 9 às 16 horas.
Uma estrutura inflável de 20 metros de comprimento em formato de túnel e com 2,5 de largura, o ‘intestino gigante’ permite que o visitante tenha uma experiência interativa, caminhando por seu interior que simula o intestino grosso. Será possível observar as enfermidades que acometem o órgão como hemorroidas, doença inflamatória, pólipos, divertículos e o câncer. A visitação será acompanhada por profissionais de saúde do Grupo SOnHe que darão informações e orientações sobre o diagnóstico, tratamento e formas de prevenção. Também haverá a exibição de um vídeo explicativo sobre a formação dos pólipos e evolução para o câncer.
“A ação acontece no mesmo local em que vamos reunir médicos do Brasil todo para o I Simpósio de Câncer Gastrointestinal de Campinas. Foi uma forma de unir conhecimento científico, que é a base do nosso Grupo, e também alertar, de forma didática, a população sobre o câncer colorretal, que é terceiro tipo de tumor de mais incidência no nosso país. O que precisa ficar claro é que, felizmente, é uma doença tratável e frequentemente curável se diagnosticada precocemente. Além disso, o câncer colorretal é o tipo mais prevenível de câncer. Hábitos saudáveis, atividades físicas e exames de colonoscopia – que são usados para localização e eventual retirada de lesões antes da formação de tumores – são as formas para evitar a doença”, explica André Deeke Sasse, CEO do Grupo SOnHe.
O ‘intestino gigante’ é uma exposição itinerante da Associação Brasileira de Prevenção de Câncer do Intestino (Abrapeci), que já visitou aproximadamente 60 municípios brasileiros, desde 2004, com finalidade educativa.
Dados
O câncer colorretal abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamado cólon, no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e no ânus. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer é o terceiro tipo de tumor com maior incidência no Brasil. É o segundo mais frequente em mulheres e o terceiro entre os homens. Para cada ano do biênio 2018-19, estima-se 36.360 novos casos de câncer colorretal, sendo 52% em mulheres e 48% em homens.
Com relação ao número de mortes, em 2017, de acordo com Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), criado pelo DATASUS, foram 18.867 óbitos (9.660 mulheres e 9.207 homens).
Segundo dados de 2017 do Ministério da Saúde, considerando todos os tratamentos do SUS em pacientes com diagnóstico de câncer colorretal, foram realizados 138.213 procedimentos de quimioterapia, incluindo quimioterapias neoadjuvantes, profiláticas e paliativas. Também foram realizados 505.132 procedimentos de radioterapia e 9.582 cirurgias. Todos os três tipos de tratamentos analisados cresceram de forma acentuada no período entre 2008 e 2017, sendo que os procedimentos de quimioterapia aumentaram em 97%, os procedimentos de radioterapias aumentaram em 44% e as cirurgias aumentaram em 55%.
Principais fatores de risco
Idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal, alimentação não saudável (ou seja, pobre em frutas, vegetais e outros alimentos que contenham fibras), consumo de carnes processadas), ingestão excessiva de carne vermelha (acima de 500 gramas de carne cozida por semana), história familiar de câncer de intestino, história pessoal de câncer de intestino, ovário, útero ou mama, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino.
Sintomas mais frequentemente associados
Sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal (diarreia e prisão de ventre alternados), dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, anemia, alteração na forma das fezes (fezes muito finas e compridas), massa (tumoração) abdominal. Esses sinais e sintomas também estão presentes em problemas como hemorroidas, verminose, úlcera gástrica e outros, e devem ser investigados para seu diagnóstico correto e tratamento específico.
Detecção precoce
Por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença (prevenção) e com o uso de exames em pessoas sem sinais ou sintomas (rastreamento), mas pertencentes aos grupos com maior chance de ter a doença. Os tumores colorretal podem ser detectados precocemente por meio de dois exames principais a partir de 50 anos: pesquisa de sangue oculto nas fezes e endoscopias (colonoscopia ou retossigmoidoscopias).
Tratamento
O câncer de intestino é uma doença tratável e frequentemente curável. A cirurgia é o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos (pequenas estruturas que fazem parte do sistema de defesa do corpo) dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia (uso de radiação), associada ou não à quimioterapia (uso de medicamentos), para diminuir a possibilidade de recidiva (retorno) do tumor. O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas.
Prevenção
Manutenção do peso corporal adequado, prática de atividade física, não fumar, alimentação saudável, principalmente, por alimentos in natura e minimamente processados, como frutas, verduras, legumes, cereais integrais, feijões e outras leguminosas, grãos e sementes. Esse padrão de alimentação é rico em fibras e, além de promover o bom funcionamento do intestino, também ajuda no controle do peso corporal.
* André Deeke Sasse, oncologista, professor de pós-graduação na FCM-Unicamp, membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO). Fundador do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia e atua na coordenação da oncologia do Hospital Vera Cruz, do Instituto do Radium e do Hospital Santa Tereza. André é coordenador da Oncologia Clínica do Hospital PUC-Campinas e faz a preceptoria dos residentes do hospital.
Sobre o Grupo SOnHe
O Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, é formado por oncologistas e hematologista que fazem o atendimento oncológico humanizado e multidisciplinar no Hospital Vera Cruz, Hospital Santa Tereza e Instituto do Radium, três importantes centros de tratamento de câncer em Campinas. A equipe oferece excelência no cuidado oncológico e na produção de conhecimento de forma ética, científica e humanitária, por meio de uma equipe inovadora e sempre comprometida com o ser humano. O SOnHe é formado pelos oncologistas: André Deeke Sasse, David Pinheiro Cunha, Vinicius Correa da Conceição, Vivian Castro Antunes de Vasconcelos, Adolfo Scherr, Rafael Luís, Fernanda Proa Ferreira, Susana Ramalho e Ana Paula Stramosk.
Serviço
Intestino Gigante
Data: 22 e 23 de setembro
Horário: das 9 às 16 horas
Local: Casa de Vidro, no Lago do Café
Endereço: Av. Dr. Heitor Penteado, 2.145, Taquaral, Campinas/SP
Entrada gratuita
Texto e foto: Assessoria