400 mil mortes por ano estão relacionadas a problemas cardíacos
Foto: Banco de imagens Freepik
De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 14 milhões de brasileiros sofrem de alguma doença cardiovascular e, aproximadamente, acontecem 400 mil mortes por ano relacionadas a problemas de coração, chegando a 30% de todos os óbitos do país. Existem alguns sinais que o corpo demonstra quando o coração não está bem, mas muitas pessoas deixam para consultar um especialista muito tarde, por conta disso, é necessário se atentar aos sinais que o corpo dá e buscar ajuda.
O cansaço excessivo é um dos principais sinais de que o coração está com algum problema. “A fadiga fora do comum não acontece apenas durante ou depois de algum esporte, mas também, em uma atividade rotineira como varrer a casa, andar no mercado, subir escadas e dar uma volta no quarteirão. Essas atividades também demandam esforço do coração, por isso, mesmo com pouco esforço o indivíduo com problema no coração pode ter falta de ar e cansaço excessivo, o que é um sinal claro de insuficiência cardíaca”, comentou o Dr. Elcio Pires Junior, cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular.
A melhor forma de tratar este problema é identificando a causa com um especialista. Por trás do cansaço excessivo podem estar problemas cardíacos, como arritmia, pressão alta, angina, insuficiência cardíaca e problemas nas válvulas do coração. Ou seja, uma simples fadiga após uma atividade física leve, pode ser a indicação de alguns destes problemas graves. Por conta disso, consulte um especialista o quanto antes é o recomendado.
“O teste ergométrico, que mede a frequência e ritmo cardíaco, pressão arterial e outras características do coração, enquanto o paciente caminha e corre numa esteira ou bicicleta ergométrica, é um dos principais exames pedidos pelo cirurgião cardiovascular, além do MAPA – Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial, que consegue obter diversos valores da PA – pressão arterial do paciente durante o dia a dia, o que faz com que identifique de forma fácil algum fator de risco cardiovascular, já que passa 24 horas com o indivíduo”, explicou Pires.
Tratar fatores de risco, como obesidade, sedentarismo, diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto e tabagismo é uma forma de prevenir futuros problemas no coração. Segundo o Ministério da Saúde, a prática de atividades físicas e a redução do estresse, junto com uma alimentação saudável e controle do colesterol, tendem a reduzir a 80% dos óbitos relacionados a problemas do coração.