Soluções estão sendo debatidas.
Foto: Divulgação/Alesp
O presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, deputado Carlão Pignatari, vai convidar o secretário de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente, Marcos Penido, e o diretor-presidente da Sabesp, Benedito Braga, para debaterem soluções aos efeitos da falta de chuvas no Estado.
Com o nível baixo de rios e represas, a geração de energia elétrica fica prejudicada, assim como a agricultura, a pesca, o abastecimento humano e a navegação pela hidrovia Tietê-Paraná -importante via de escoamento da produção de grãos (milho e soja) e outras culturas da região Centro-Oeste.
A iniciativa partiu de um encontro virtual que Carlão teve com Braga nesta segunda-feira (5/7). Uma audiência pública será marcada para a conversa. Todos os parlamentares poderão participar.
“Essa é uma preocupação muito grande [falta de chuvas]. Os nossos reservatórios estão muito baixos e a previsão é de que as chuvas no Verão sejam insuficientes para recuperação”, disse Carlão. “Podemos ter uma parada do nosso transporte fluvial, o que é um prejuízo para São Paulo e um prejuízo para todos nós causado pela falta de chuvas”, completou.
Carlão Pignatari contou que, durante um encontro com agrônomos e pesquisadores do Estado no final de semana, foi informado de que o nível do lençol freático já baixou cerca de um metro na região noroeste do Estado. Lá, muitas cidades utilizam poços para abastecimento público.
O presidente afirmou que, em razão de medidas já tomadas na Grande São Paulo, não deve haver falta d?água como aconteceu em anos anteriores, com cenário de racionamento, entre outros. “A Sabesp diz que em São Paulo e na Grande São Paulo não vai faltar água neste ano. Mas eu tenho certeza de que podemos ajudar muito, fazendo com que as pessoas façam uso racional da água”, disse Carlão Pignatari.
Hidrovia
Um dos pontos mais preocupantes levantados pelo presidente da Assembleia paulista foi a possibilidade de interrupção da navegação na hidrovia Tietê-Paraná. Um alerta sobre o risco de paralisação já foi feito pelo CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), formado pela ANA (Agência Nacional de Águas), ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), ministérios da Infraestrura, Minas e Energia, e Meio Ambiente, entre outros.
Por isso, o Departamento Hidroviário já estuda, junto à ANA, uma redução gradativa de calados no rio Tietê para evitar a paralisação e, assim, permitir o escoamento dos grãos. A hidrovia Tietê-Paraná tem se consolidado como um dos mais importantes meios de transportes do setor agrícola da economia brasileira. Neste momento, tem transportado os níveis recordes da safra de soja e milho. No entanto, em função da crise hídrica, o ritmo deve diminuir a partir dos próximos dias.
Texto: Divulgação/Alesp