Excelente desempenho rendeu-lhe homenagem da revista Forbes como “Destaque no Terceiro Setor”. A ONG Construide hoje conta com filiais em Sergipe, Goiás e Paraná e tem em seu histórico 61 obras concluídas, 23 ações sociais realizadas, 4.076 voluntários inscritos, R$ 3.518.583,15 arrecadados e 27.080 vidas impactadas, alcançando vários estados brasileiros e até Moçambique, na África. Hoje, Bruno é também presidente de startups sociais que coexistem com a Construide. O faturamento das startups foi estimado em R$ 2,2 milhões em 2021.
Mudar para melhor a vida das pessoas por meio da habitação: esse certamente é o mantra que Bruno Bordón adotou para sua vida. Bruno tem 29 anos e é arquiteto graduado pela Universidade Paulista – UNIP, campus Alphaville.
A história de sua vida associada à da sua vocação e profissão comovem. Desde criança sentia necessidade de ajudar o próximo. Os anos foram passando e chegou o momento do vestibular. Foi aprovado em 2009 para ingressar no curso de Arquitetura e Urbanismo da UNIP; em 2014, com apenas 22 anos, formou-se; em 2017, em mais uma de suas viagens missionárias, daquela vez com amigos ao Piauí, emocionou-se com a situação de extrema pobreza de uma família que conheceu pelas andanças e, de imediato, pensou: “O que a arquitetura pode fazer por essas pessoas? Como tudo o que aprendi pode ser revertido para o bem delas?”. A resposta veio de pronto: com a arquitetura e a transformação da moradia daquela família, traduzindo, assim, o real e verdadeiro sentido da habitação, que é o de trazer segurança, conforto e aconchego para quem nela vive.
Voltando para São Paulo, começou a germinar a ideia da fundação de uma ONG (Organização Não-Governamental) que fosse capaz de impactar socialmente os indivíduos por meio da construção de casas. Nascia, assim, a Construide, que hoje conta com filiais em Sergipe, Goiás e Paraná e tem em seu histórico 61 obras concluídas, 23 ações sociais realizadas, 4.076 voluntários inscritos, R$ 3.518.583,15 arrecadados e 27.080 vidas impactadas, alcançando vários estados brasileiros e até Moçambique, na África.
Depois de algumas obras executadas, a Construide desenvolveu um projeto padrão de construção. Essa casa padrão consiste em um projeto modular que atende famílias de 1 até oito integrantes, com metragens de 23,00m², 31,80m² e 41,00m². As primeiras casas padrão foram construídas em 2020, na região de Santo André em São Paulo, e a partir da terceira casa definiram o seu método padrão construtivo com o bloco estrutural aparente.
Bordón explica que a Construide utiliza a construção civil como ferramenta para atingir famílias e comunidades de uma forma geral, oferecendo espaços dignos à população de baixa renda. ”Nossa missão é construir moradias para famílias em situação de vulnerabilidade social através de mutirões com nossos voluntários e impactar vidas com o nosso trabalho. Comprometemo-nos a proporcionar um lar aos menos favorecidos, com amor acima de tudo, trabalho com excelência, empatia com o próximo e responsabilidade com os recursos”, conta.
Para atingir esse propósito, o voluntariado é essencial tanto como uma forma de redução de custo e cronograma como – e principalmente – para o relacionamento com as famílias e levar a causa adiante. “O voluntário de obras é aquele que se inscreve para participar dos nossos mutirões que acontecem aos sábados. As inscrições são liberadas toda vez que surge uma nova história e o voluntário participa de dois mutirões de cada obra, de acordo com a escala de times. Também há o voluntário interno, que atua nas áreas administrativas da ONG, de forma presencial ou remota, de acordo com sua disponibilidade e, ainda, há quem contribua mensalmente, como pessoa física ou jurídica”, explica.
Hoje, Bruno é também presidente de startups sociais que coexistem com a Construide. O faturamento das startups foi estimado em R$ 2,2 milhões em 2021. Por sua atuação, foi recentemente homenageado em premiação da revista Forbes como Destaque do Terceiro Setor.
O jovem rapaz, que desde criança sentia necessidade de ajudar ao outro, mas que ainda não sabia como, teve sua resposta quando avistou aquela família piauiense e, de lá para cá, muitas outras vieram e muitas outras hão de vir. Bruno Bordón, seus colaboradores e voluntários são pessoas que levam à risca a verdadeira utilidade do conhecimento: o compartilhamento do saber em prol do outro.