Aplicativo Zero Onze, vai atender às periferias, chamadas agora não serão mais canceladas

A ideia a princípio do 011 é atender às comunidades, usuários e motoristas da mesma localidade, gerar emprego e fazer com que às pessoas sejam atendidas nas duas pontas

Fotos: Arquivo pessoal

No dia (25/09), domingão, por volta das 13h, em Diadema, bairro do Eldorado, mais precisamente na Rua Cachalote, uma festa de lançamentos do aplicativo 011, plataforma de mobilidade urbana, voltada para comunidade, foi lançado no mercado. Uma festa para toda comunidade foi realizada pelos patrocinadores e investidores, que envolveu crianças, jovens, adultos e idosos. Tinha desde algodão doce, refrigerante, hot-dog, e brinquedos que agitou a molecada. Criado por Três jovens visionários da região, Caio Eduardo, Thiago Queiroz e João Paulo a plataforma já vem sendo testada desde junho deste ano, e agradou a todos. E essa visão dos três garotos da periferia promete trazer muitos “frutos”.
“Tudo começou a gente enxergando necessidade em nossa comunidade, que não chegava o motorista de aplicativo, então, como eu faço para dona Joana, ir lá para outro lado da cidade se não entra o Uber, 99, e outras empresas de aplicativos na favela. Também aflorando nosso lado empreendedor nós vimos um grande vácuo nesse mercado. E é claro que vamos começar atendendo nossa comunidade, mas a ideia e expandi, crescer. E vamos atingir todos os cantos que papai do céu permitir”, comenta Caio Eduardo.
Juntando as ideias, o João e o Caio, que foram os primeiros que deram o pontapé no aplicativo, chamaram o amigo Thiago e apresentou a ideia, o convidando a fazer parte do projeto. “Eles disseram vem comigo que vai pra frente, o que podemos oferecer agora, é muito trabalho e luta. Mas se corremos atrás, Deus vai abençoar, e como acredito nas ideias do João, já que conheço ele há muito mais tempo, e ele sempre falou de fazer um aplicativo, vencer na vida. Ele sempre falou, que quando chegar esse dia, iria me chamar, e aconteceu e nos juntamos”, revela Thiago Queiroz que é formado em Ciências Contábeis.
Segundo João Paulo quando se fala de tecnologia, é um ambiente da qual a mente aflora. Porque dentro da tecnologia quase tudo é possível criar. “A maior parte da criação é escrita, noites em claros foram muitas, eu e meu amigo Caio, é o que falamos, o que construímos foi um verdadeiro milagre. E é o que minha mãe fala: vive o propósito quem sobrevive o processo. Graças a Deus estou muito contente, como a plataforma vem performando nos aparelhos. E vou buscar melhorar ainda mais”.
Thiago que é formado em Ciência Contábeis é o responsável de pela administrativa, financeiro e econômico da empresa e hoje trabalha para trazer parcerias e investidores. “Já está tudo programado, já tivemos reunião pensando nisso, porque o aplicativo depende de investimento, a área do marketing também precisa ter investimento. O foco maior é a tecnologia o aplicativo, precisamos unir as duas pontas. Porque cadastro tem, tem corrida e está tendo chamadas, graças Deus”.
Entusiasmado e sonhador, para Caio Eduardo, o aplicativo vai revolucionar a “quebrada”, já que ele vai gerar emprego para quem vai trabalhar como motorista e quem vai usar, o usuário que será dá quebrada também. “Nós viemos quebrando a cabeça com isso desde o começo da nossa empreitada. Talvez isso, seja um dos grandes desafios da empresa. Ou nós tínhamos bastante chamadas, ou tínhamos muitos cadastros de motoristas. O nosso grande trabalho agora é conectar as duas pontas. A solução? O que a gente pensa? Começar a rodar o aplicativo daqui de dentro da comunidade. Vamos soltar – Voucher – para os moradores (título que possui um determinado valor monetário e que pode ser gasto apenas em produtos específicos). para os moradores usarem aqui dentro. Já temos a frota de Mototáxi e a gente vai usar o voucher e vamos abranger todo mundo”, comenta Caio Eduardo, que é responsável pela área de logística do aplicativo 011.

Em um bate-papo com os jornalistas Elias Lubaque e Marco Ribeiro do Grupo ABC News para Rádio ABC News os três garotos, enquanto acontecia a festa de lançamento, e que por sinal eles estavam bem animados, o que não poderia ser diferente. Revelaram todo o direcionamento da empresa. Desde como contratar um motorista, segurança para usuários motorista do aplicativo 011. Onde eles querem chegar. O valor que o motorista, colaborador da plataforma 011, vai pagar no começo, que é simbólico, apenas R$ 1,00, isso mesmo (um real por corrida), independentemente do valor. Leia a entrevista, agora.

1 – Qual a diferença do aplicativo 011 das outras plataformas?
João Paulo – A nossa grande diferença das outras plataformas é que os carros podem se cadastrar na 011 a partir de 2007. Então somente aí, já se vê um grande diferencial. Nós pensamos no Sr. João, no Sr. José, que tem um carrinho mais antigo. Nós temos também uma taxa diferenciada, que é somente R$ 1,00 para cada corrida. Um call center para o idoso que não consegue pedir pelo aplicativo, que ele possa ligar. Queremos ter um tratamento com os motoristas de empreendedor, como são. Ensinar como ele deve se portar, administrar seu dinheiro, a forma que ele deve conduzir o que ganha, pra que daqui um tempo ele possa fazer as suas coisas, comprar um carro novo, por filho numa escola bacana. Um exemplo que Fizemos uma parceria com o Florestan Fernandez de Diadema para que eles possam fazer cursos.
2 – Explica mais sobre a taxa de R$ 1?
João Paulo – Em relação as outras plataformas da qual conecta você (motorista) ao usuário e no trajeto, no final da corrida, desconta de 30 a 40%. Hoje o nosso aplicativo 011 desconta apenas R$ 1,00. Então se a corrida ter um valor de R$ 26,00; o motorista paga R$ 1 para a plataforma 011; R$ 25,00 é dele.
3 – Todo esse processo começa na comunidade. Você avaliou a questão da internet?
João Paulo – Quando eu pensei na plataforma, eu pensei uma plataforma para rodar num Pocket – primeiro celular da Samsung -, então a plataforma é mais otimizada possível, para poder utilizar até em celular de uma qualidade inferior. Então. nosso aplicativo 011, foi pensando pra nisso, 80% tem androide, 20% tem iphone, já fizemos estatística com marketing. Fizemos testes a plataforma funciona muito bem. Nós também já sabemos que a maioria de usuários é Moto G, Motorola do 8 pra cima. Mas ela (plataforma) é bem diversificada, já que nem todos tem acesso a uma boa tecnologia, a nossa vai atender a todos.
4 – Mesmo se a pessoa tiver um celular que funcione no 3G, ele consegue conectar certinho?
João Paulo – Consegue. Se ele tiver acesso a loja do aplicativo do google ele consegue fazer o uso do App, caso ele não consiga, ele pode fazer pedido pelo Whatzapp, a nossa plataforma web para solicitar pelo site uma corrida já está sendo desenvolvida. Vamos adaptando conforme vamos escalando o projeto. Hoje nós estamos em Diadema, depois São Bernardo, São Paulo e depois Bahia e a meta é atingir o Brasil. E vamos ter que funcionar da mesma forma.
5 – Você falou de call center. Vocês têm uma central?
João Paulo – Hoje temos a Amanda que é a responsável por tudo isso. Se tiver uma dúvida você pode ir lá, que vai tirar toda sua dúvida. Ligar. Já tem um pré-atendimento pra você. E está dando muito certo. E você pode entrar em contato pelo Whatzapp: 9.3806.2961.
6 – Com relação à segurança, tanto do motorista do aplicativo e usuário, como vocês vão fazer?
João Paulo – A nossa ideia de sanar esses problemas de pneu furado, carro que quebrou. A ideia é mostrar pra ele que ele é um empreendedor, pegar o ganho dele e dividir por três. Salário, investimento e caixa; caso tenha um problema, você tem um caixa que você possa trabalhar. Na segurança nós acompanhamos toda a vigem via satélite pela nossa plataforma. E aí conscientizar que é um trabalho feito pela comunidade para a comunidade. Que é o seu pai que está trabalhando, seu tio, um familiar. Temos hoje 1.120 usuários, e 150 motoristas cadastrados na plataforma da 011.
7 – Como vocês contratam os motoristas?
Thiago Queiroz – Baixando o aplicativo, você faz o cadastro de motorista, ou como passageiro, o motorista já vem para o nosso banco de dados; e analisamos os documentos. Estando tudo ok com o veículo e o documento do veículo, que pode ser a partir de 2007; no caso a Uber só aceita carros a partir de 2015, a pessoa já está apta a trabalhar e ganhar seu dinheiro, e lembrando que por enquanto, só paga, R$ 1,00 por corrida.
8 – Vocês vão gerar emprego e atender ao usuário. E atender onde a Uber e 99 não atende. Acha que vai resolver essa demanda?
Caio Eduardo – Essa é a intenção. Os outros aplicativos não atende alguns lugares. Vou contar uma história que aconteceu ontem: nós fomos para São Bernardo, quando foi umas 4h da manhã. O motorista falou pra gente quando entramos no carro: ir para Diadema é difícil, nós não aceitamos, não, é um em cem. Só aceitei porque eu já trabalhei em Diadema e sei que não é isso tudo que falam.
Thiago Queiroz – Pensando pelo meu lado. Na minha história de vida. Que eu fazia faculdade, e eu estava desempregado, e meu carro era 2008, não entrava na Uber. Agora para pra pensar, a partir de 2007 você pode cadastrar na plataforma, e gerar um capital. Uma receita na sua vida, pra sua família. Vai ajudar muitas pessoas.
9 – Vocês têm opção de entrega no 011?
Caio Eduardo– Um dos nossos projetos o (011 Space) vai sanar e dar suporte na entrega. Por exemplo: fulano de tal tem uma autopeça. E precisa entregar, o 011 vai fazer isso. Um serviço mais corporativo.
10 – Falando em segurança voltado para mulher. Vocês fizeram algo exclusivo?
João Paulo – Temos o 011 Pink. Que é para minas. Que é uma categoria específica de mulher para mulher. Mulher motorista que só viaja com passageiras. Hoje já temos seis motoristas mulheres. Isso vai evitar os assédios sofridos pelas mulheres.
11 – O que vocês vislumbram para o futuro como empreendedores?
João: Pensamos em nos capacitar cada vez mais. Adquirir conhecimento. Thiago: Conhecer mais pessoas, para aprender. Estudar mais e mais. Caio: Eu entrego meus planos todos a Deus. Eu tenho um olhar mais revolucionário e vou revolucionar.