Publicado por @PriscilaMortensen
Denominada de “nefroneural”, a síndrome que ainda é misteriosa foi notificada em pelo menos oito pacientes de Belo Horizonte, MG e está mobilizando as autoridades de saúde desde o início do ano. Nesta quarta-feira (8), a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte receberam reforço de profissionais do Ministério da Saúde para investigar as causas do aparecimento da doença.
A Fundação Ezequiel Dias (Funed), órgão estadual de pesquisa responsável por análises laboratoriais, realiza exames de amostras de sangue dos pacientes. A Polícia Civil apura se há indícios de crime.
Os sintomas da síndrome podem incluir náusea, vômito e dor abdominal, evoluindo rapidamente para insuficiência renal e alterações neurológicas. Até agora, a síndrome apareceu apenas em homens, com idades entre 23 e 76 anos. Um deles, Paschoal Demartini Filho, de 55 anos, morreu nesta terça-feira. Os sintomas se iniciam com náusea/vômito e/ou dor abdominal, associados à insuficiência renal aguda grave de evolução rápida, em até 72 horas. Além disso, há alterações neurológicas, como paralisia facial e borramento visual. A média de dias entre o início dos primeiros sintomas e a internação foi de 2,5 dias.
Todos os casos apareceram em pessoas que moram ou estiveram em um mesmo bairro, o Buritis, que fica na Região Oeste de Belo Horizonte.
O caso veio à tona nesta segunda-feira (6) após circularem informações nas redes sociais de que pessoas de uma mesma família estariam hospitalizadas, em estado grave, com sintomas de uma doença ainda desconhecida.
Havia informações de que essas pessoas teriam comprado a cerveja Belorizontina em supermercados do Bairro Buritis. A empresa Backer, que fabrica a Belorizontina, negou que a bebida possa ter relação com os sintomas apresentados pelos pacientes e declarou que as mensagens são mentirosas.
A Polícia Civil informou que deu início a investigações preliminares para constatar se há indícios de crime, como envenenamento, por exemplo. O Instituto de Criminalística confirmou que analisa amostras de bebidas que, supostamente, poderiam ter provocado os sintomas. Entretanto, a polícia não confirma que bebidas seriam estas. O inquérito policial só será instaurado se constatado que houve ação criminosa.
Fonte: G1
Foto: Reprodução rede social