Passar muito tempo dentro do automóvel é comum para os moradores das grandes cidades e pode ser muito prejudicial à saúde principalmente para quem leva uma vida sedentária, sem a prática de atividades físicas.
A falta de exercícios adequados somada a horas do dia no carro pode levar à situações de stress emocionais e físicos. O ortopedista e cirurgião de coluna do Hospital Sírio Libanês e Hospital Samaritano, dr. João Bergamaschi, explica os riscos e como evitar problemas de saúde.
Para evitar maiores problemas o alongamento é indispensável
“Alongamentos dos braços, da musculatura dos trapézios com inclinações laterais estendendo a cervical de um lado a outro. Alongar os peitorais, colocando a mão atrás da cervical e puxando com a outra mão levemente os cotovelos e também alongar o dorso com hiperflexão da cervical após as atividades ao volante podem ajudar muito”, sugere.
A musculatura lombar também é importante. Procure tocar a mão no chão contar até 20 segundos e então abrir ligeiramente as pernas e procurar com a mão contra lateral o pé oposto tocá-lo e manter por mais 20 segundos em cada. Feito isso, realize alongamento da musculatura das coxas com flexão dos joelhos e das panturrilhas, estendendo os pés bilateralmente.
A postura ao volante é fundamental
“O ideal é deixar o banco com encosto o mais reto que o conforto permita, também não distanciando muito o assento do volante para que joelhos possam ficar ligeiramente fletidos. Os braços também não devem ficar muito estendidos, a cervical retificada e apoiada no encosto de cabeça. Em carros que possuem ajustes lombar, faça com que a lombar seja apoiada. Se não houver esse recurso, apoie com um travesseiro fino, principalmente pessoas que apresentam lordose”, ressalta o especialista.
Para os motociclistas, procurar manter a postura ereta, evitando curvar a coluna e não deixar a musculatura lombar e abdominal totalmente relaxada. Para manter a lombar com auxílio muscular de sustentação, importante manter os joelhos fletidos e os pés na linha das nádegas, para que possam servir de auxiliares na absorção dos impactos, principalmente nas ruas irregulares e esburacadas.
“Vale ainda investir em um capacete resistente e o mais leve possível para não prejudicar as colunas cervicais. Lembre-se sempre de utilizar botas que protegem os tornozelos de lesões e entorses, além de luvas e roupas com protetores em áreas de contato. Esses equipamentos são imprescindíveis não só para auxiliar a postura como aumentar em muito a segurança dos motociclistas”, finaliza dr. João. (via Jornal de Campinas)