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Especialista alerta sobre as consequências do fumo e os perigos dos modelos que prometem ser menos nocivos
Texto: Assessoria de Imprensa / SBACV – SP
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Foto: Banco de imagens Freepik
Diferentes formas de cigarro – cigarro eletrônic o, narguilé e tabaco – estão disponíveis no mercado e são consumidas em grande demanda pela população, o que resulta na alta do número de pacientes que desenvolvem alguma doença vascular devido ao hábito.
O cigarro tradicional é composto por tabaco e outras substâncias, como a nicotina, uma das responsáveis pela dependência. No chamado cigarro ‘natural’, o fumante fabrica seu próprio fumo, sendo assim, o tabaco não passa por processos químicos. No entanto, os malefícios à saúde venosa são iguais em ambos os cenários, como afirma o diretor da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV- SP) – Seccional de Franca, em São Paulo, Dr. Daniel Urban Raymundo. “Não há diferença na forma de consumo de tabaco. Qualquer tipo de cigarro é considerado nocivo”.
O cigarro eletrônico ganhou popularidade por também prometer ser menos prejudicial ao corpo, o que não é fato. Além da ação da nicotina, do tabaco e de outras substâncias, os metais que formam o dispositivo apresentam ameaças à saúde. É a situação do narguilé (ou hooka), que por possuir tabaco aromatizado e ser filtrado na água, acredita-se que não apresenta riscos. O fumo, porém, possibilita a intoxicação por monóxido de carbono e outras doenças. Pesquisas apontam que em uma sessão de narguilé de duas horas é possível consumir o mesmo que 100 cigarros.
De acordo com o cardiologista e chefe da seção de Hipertensão Arterial, Tabagismo e Nefrologia do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, Dr. Márcio Gonçalves de Sousa, o problema se intensifica devido ao grande tempo de exposição à fumaça. “Com a questão social, muita gente usando [o narguilé], o usuário acaba consumindo um grande volume de nicotina porque o padrão da tragada é maior e mais frequente que o cigarro comum. A quantidade de fumaça tragada é superior, e isso aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial”, declara.
Os riscos à saúde se estendem aos fumantes passivos, ou seja, pessoas que têm contato com a fumaça e acabam inalando frequentemente. Segundo o Dr. Márcio, um fumante passivo acaba consumindo até cinco cigarros sem necessariamente fumar. “Eles vão ter os mesmos males que um fumante convencional. O que vai diferir é a quantidade de exposição que essa pessoa teve”, aponta. Os pacientes passivos sofrem até 38% de risco de infarto.
O consumo de tabaco, em suas diferentes formas, obstrui as artérias periféricas ao longo do tempo e impede o fluxo de sangue no corpo. “O cigarro também altera a coagulação do sangue, ocasionando fenômenos tromboembólicos”, esclarece Dr. Raymundo.
O consumo de tabaco, em suas diferentes formas, obstrui as artérias periféricas ao longo do tempo e impede o fluxo de sangue no corpo. “O cigarro também altera a coagulação do sangue, ocasionando fenômenos tromboembólicos”, esclarece Dr. Raymundo.
“Os riscos dessas substâncias, independente de qual via são usadas – tabaco natural ou cigarro eletrônico – além das doenças cardiovasculares, podem ocasionar doenças pulmonares, como as DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), que são o enfisema e a bronquite crônica. O terceiro caso é o câncer, que abrange 55 tipos”, explica o Dr. Sousa.
O surgimento das doenças pode passar despercebido, por se tratar de condições silenciosas, como dores nos membros inferiores e dificuldades para caminhar. Sem o tratamento correto, esses sintomas podem evoluir para quadros agudos graves, como a trombose arterial.
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