Supermercados têm cada vez mais apostado nesse tipo de tecnologia, que, além de gerar um alto retorno ao investimento, é limpa e sustentável.
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A rede varejista de alimentos, como hiper e supermercados, tem sofrido com a alta da energia elétrica no Brasil. Com os constantes reajustes que o Governo tem repassado aos consumidores, é inevitável que esse valor também chegue aos alimentos como forma dos supermercados equilibrarem a conta.
Segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), a conta de energia é o segundo maior gasto de um supermercado, atrás apenas da folha de pagamento, representando um gasto de mais de 3 bilhões de reais no mercado varejista.
Dentre os maiores itens de consumo em um supermercado, encontra-se o sistema de refrigeração (40% de gastos), principalmente se o estabelecimento conta com açougue e câmaras frias, ar-condicionado (varia entre 30% e 50%) e iluminação, na média, até 20%.
Por conta dessa situação, muitos estabelecimentos têm buscado soluções para que esses gastos não minimizem ainda mais a sua margem de lucro. Uma das saídas encontradas pelo setor tem sido o investimento em energia fotovoltaica.
Um “supermercado” em expansão
Jessé Jaelson da Silva, sócio e diretor da Entec Solar, empresa de Curitiba que desenvolve tecnologia para energia fotovoltaica, diz que os supermercados são locais ideais para a implantação de projetos com rápido ROI (retorno sobre o investimento), alta capacidade de geração de energia, além de ser sustentável.
“Um supermercado é o tipo de local classificado como ‘ótimo’ para o desenvolvimento de um projeto com energia solar. Desde a facilidade e espaço para a instalação de placas solares, até pela economia com energia, que pode chegar a 95%: tal estabelecimento tem o perfil ideal para se transformar em micro usina”, reforça Jessé da Silva.
A Distribuidora Betel, supermercado localizado em Curitiba, fez a aposta em energia fotovoltaica em novembro de 2020. A conta de energia, que girava em torno dos R$ 1.800,00, caiu para perto de R$ 300,00 com o novo sistema, uma redução de 83% na fatura. Para a instalação e habilitação do sistema, foram gastos R$ 120 mil, que, dado os ajustes nos preços da luz, terá um retorno sobre o investimento em três anos.
Segundo o diretor, normalmente, supermercados são projetados com uma grande área de teto, o que facilita e permite a instalação de muitas placas solares, aumentando a capacidade de captação de luz solar e geração de energia.
Vantagens
O especialista da Entec Solar conta que entre as vantagens de um sistema solar está a sua durabilidade. Em média, os equipamentos têm vida útil de 25 anos com baixíssima necessidade de manutenção, o que reduz ainda mais os gastos. Após a instalação do sistema, a economia, em relação aos gastos com a energia convencional, do sistema público, pode cair em até 95%. Claro que isso depende da demanda energética do estabelecimento, que, pode ser alta por conta dos sistemas de refrigeração e condicionamento de ar.
“É importante realizar uma avaliação exata do gasto energético atual e futuros retornos do investimento. Na Entec, por exemplo, todas as variáveis e os custos são claramente mostrados ao cliente pelos nossos especialistas, com base no seu potencial de geração e uso”, diz Jessé da Silva.
Um último benefício é a própria imagem que o estabelecimento ganha ao apostar em fontes renováveis de energia. Como a energia fotovoltaica é gerada exclusivamente a partir da luz solar, o impacto ambiental para sua geração é zero.
“Além de toda economia e durabilidade, é fundamental que os estabelecimentos também pensem na questão da ‘energia limpa’, pois é uma forma de contribuir com a sociedade que está à sua volta”, finaliza o CEO da Entec Solar.