Ações nos núcleos Ciganos e Capuava abriram calendário de 2021 do programa, realizado em parceria do Banco de Alimentos com o Semasa
Foto: Alex Cavanha/PSA
A Prefeitura de Santo André e o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) abrem a agenda de trocas de 2021 do programa Moeda Verde. Na última terça-feira (12), foram retomadas as ações nos núcleos dos Ciganos e Capuava.
“Foi ótimo o programa ter voltado já no começo do ano. Com a crise que estamos vivendo, nem sempre temos dinheiro para comprar comida”, comemora Irene Ferreira da Cruz, de 53 anos, que reside no Parque Capuava. Desempregada, ela diz que, ao trocar resíduos recicláveis por alimentos, garante uma economia de R$ 70. A comida dura por cerca de duas semanas.
Nesta terça, mais de 30 pessoas puderam trocar papelão, latinha, metal, entre outros, por melão, limão, cenoura, batata, alface, espinafre, almeirão, rúcula, escarola e couve. Ao todo, nos dois locais, mais de 30 pessoas levaram 2,1 toneladas de resíduos secos – o que corresponde à entrega de 435 quilos de comida, já que a cada 5 quilos de recicláveis o morador ganha 1 quilo de alimento.
O Moeda Verde foi criado em 2017 e, de lá pra cá, a iniciativa do Semasa e do Fundo Social de Solidariedade, por meio do Banco de Alimentos, cresceu e tornou-se um dos programas mais importantes para melhorar a qualidade de vida da população e deixar a cidade mais limpa e sustentável.
“Atualmente, as trocas acontecem em 14 comunidades e em 2021 mais sete núcleos serão contemplados com a chegada do programa, entre eles: Lamartine, Sacadura Cabral, Haras/Chacará Baronesa e Maurício Medeiros. Outros locais também estão sendo estudados”, explica o diretor de resíduos sólidos do Semasa, Edi Ferreira dos Santos.
A previsão é de que, nesta nova etapa de expansão, o Moeda Verde amplie em 85% o número de pessoas beneficiadas direta e indiretamente pelas ações, atingindo a marca de 130 mil moradores.
Até o final de 2020, a população já tinha entregue cerca de 391 toneladas de resíduos recicláveis, que se transformaram em mais de 78 toneladas de alimentos do tipo hortifruti, como frutas, verduras e legumes fresquinhos.
Além de contribuir para reduzir a fome entre as comunidades carentes, o programa também ajudou a transformar a paisagem de alguns núcleos. Locais que antes eram pontos de descarte irregular de lixo foram revitalizados e ganharam novos usos, como pequenas praças e áreas de estacionamento. Foram cinco pontos de descarte eliminados, o que garantiu uma economia de aproximadamente R$ 2 milhões aos cofres públicos.
Reestruturação na pandemia – Por causa da pandemia do novo coronavírus, houve mudança no calendário de trocas do programa Moeda Verde, que passou a acontecer com encontros a cada 21 dias nos núcleos (e não mais quinzenais). Também foram feitos ajustes nos dias de realização da iniciativa.
Para evitar o contágio pela Covid-19, o Semasa e a Prefeitura adotam todos os critérios recomendados pelos órgãos de saúde e reforçam sempre a necessidade de colaboração dos participantes para evitar aglomerações e utilizar máscaras.
A programação de 2021 do Moeda Verde pode ser encontrada em www.semasa.sp.gov.br/moedaverde.