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Investigadores de Oxford conduziram o maior estudo até ao momento sobre a influência da Covid-19 na saúde mental, neurocientista Fabiano de Abreu explica que isso é comum em doenças que possam trazer um maior risco de vida
Pessoas que estiveram infectada com covid-19 correm um maior risco de, posteriormente, serem diagnosticadas com um transtorno mental, principalmente ansiedade e depressão. Esta foi a conclusão preliminar de um estudo da Universidade de Oxford, na Inglaterra, publicado na revista científica The Lancet.
Foram examinados históricos clínicos de 69 milhões de norte-americanos entre os dias 20 de janeiro e 1 de agosto, dos quais mais de 62 mil tiveram Covid-19, 18% dos recuperados foram diagnosticados com algum tipo de transtorno mental.
Procuramos o neurocientista Fabiano de Abreu, que possui artigos científicos internacionais com estudos sobre ansiedade e fadiga, como transtornos e comportamento humano para explicar os efeitos da doença na saúde mental dos curados de covid-19.
“Isso acontece com as pessoas após doenças como gripe, infecções, fraturas, pedra nos rins como muitas outras doenças. Mas a proporção no caso dos doentes de covid-19, no estudo, apresentam dados maiores. Isso está relacionado ao medo da doença agravar, também relacionado a toda essa atmosfera que se coloca em relação ao perigo da doença. Quanto maior o impacto psicológico no risco de vida, maior serão as disfunções nos mensageiros químicos que controlam nossas emoções.
Quanto maior o medo, mais potencializa-se a ansiedade e pode levar ao estresse, é um mecanismo de fuga, de necessidade de sair daquela situação, isso prejudica também na imunidade e, por isso, o risco de vida aumenta.” Diz Fabiano de Abreu que relatou que o estudo não traz informações que revelam que a doença em si afete o cérebro.
“Geralmente esses estudos tentam avaliar se o vírus afeta ou não o sistema nervoso. Mas, como qualquer vírus ativo, afeta não diretamente e sim indiretamente como qualquer outra doença grave.”, finaliza o neurocientista.
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