Publicado por @PriscilaMortensen
A síndrome do ovário policístico é uma das complicações mais comuns que acometem as mulheres e provoca uma série de dificuldades. De acordo com pesquisa finlandesa, observou-se que esta síndrome causa danos até os 40 anos, ou seja, mesmo depois do auge do período fértil, por volta dos 35. Com base nos dados, os pesquisadores defendem uma atenção médica maior a mulheres com esse problema, principalmente em relação à saúde mental. Um segundo estudo, feito nos Estados Unidos, mostra que a composição da microbiota pode estar relacionada ao surgimento da SOP.
Na pesquisa finlandesa, publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, os autores destacam que a síndrome é uma condição comum, mas subdiagnosticada “A maioria dos estudos concentra nas mulheres durante a idade reprodutiva, mas sintomas como problemas de saúde mental e crescimento excessivo de pelos continuam presentes até os 40 anos”, destaca, em comunicado, Terhi Piltonen, principal autora do estudo e pesquisadora da Universidade de Oulu.
Piltonen e sua equipe analisaram dados de 5.889 mulheres com idade entre 31 e 46 anos e diagnóstico de SOP. As mulheres com a síndrome tinham saúde e qualidade de vida precárias até os 40 anos de idade, em comparação às não acometidas pela doença. “Nosso estudo mostra que mulheres com SOP têm menor satisfação com a vida e problemas de saúde até seus últimos anos reprodutivos, algo que ainda não havia sido visto cientificamente”, diz.
O sofrimento mental foi o fator que mais contribuiu para a baixa qualidade de vida das participantes com a síndrome. Elas experimentam mais problemas como ansiedade e depressão. “São necessárias intervenções para melhorar a qualidade de vida dessas pessoas quando elas têm entre 30 e 40 anos. Elas devem ser examinadas regularmente quanto a problemas de saúde mental e tratadas para outros sintomas angustiantes, como o excesso de pelos”, afirma Piltonen.
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