Os passageiros de ônibus da zona leste de São Paulo voltaram a enfrentar dificuldades na manhã desta sexta-feira (22). Desta vez eles são prejudicados pela paralisação dos motoristas da empresa TransUnião desde as 4h. Os trabalhadores reivindicam pagamento de salários e benefícios atrasados. O protesto afeta 436 coletivos.
De acordo com a SPTrans, 40 linhas são afetadas desde o início do horário de circulação dos veículos. Guaianases, Itaim Paulista, São Miguel Paulista e Itaquera são os principais bairros prejudicados. Os pontos de ônibus estão cheios.
A SPTrans comunicou ainda que duas linhas – a 3006/10 Jardim Fanganielo/CPTM Guaianases e a 4051/10 – Jardim São Paulo/CPTM Guaianases – estão sendo atendidas pela Operação Paese, com ônibus gratuitos. As demais, segundo a São Paulo Transporte, também são atendidas por outras empresas.
De acordo com os trabalhadores da empresa, a paralisação foi motivada pelo atraso do pagamento do adiantamento salarial, pago no dia 20, e de quatro meses de benefícios, como vale-refeição e cesta básica.
Os motoristas estão impedindo a saída dos ônibus da garagem da empresa, localizada na Rua Tibúrcio de Sousa, 2.083, no Itaim Paulista, na zona leste. Ainda de acordo com os trabalhadores, o terminal Itaquera é o mais prejudicado, já que a maior parte das linhas deste terminal é da empresa TransUnião. A SPTrans ainda não confirmou esta informação.
Os trabalhadores relataram que a empresa alega que o atraso no pagamento dos salários e dos benefícios se dá por conta da falta de repasse da prefeitura. Questionada, a prefeitura, por meio da SPTrans, informou ainda estar apurando a informação. A TransUnião disse apenas que cerca de 40% de sua frota está paralisada, já que os coletivos de uma segunda garagem da empresa, localizada no Jardim São Paulo, estão circulando normalmente. Os trabalhadores ainda aguardam o dono da empresa para negociação.
Fonte: R7
Foto: Reprodução Record TV