A advertência foi informada por meio de dois documentos enviados por promotores para a Prefeitura de São Paulo
Foto: Uol
Nesta semana, a Promotoria de Direitos Humanos enviou um comunicado de alerta ao prefeito de São Paulo, Bruno Covas sobre o risco de ocorrer saques a comércios e episódios de vandalismo na cidade de São Paulo em razão da pandemia da Covid-19. A advertência foi enviada pelos promotores Anna Trotta Yaryd e Eduardo Ferreira Valerio à prefeitura. Nos documentos, os promotores recomendam algumas ações para evitar que esses problemas aconteçam. Entre elas, a distribuição de cestas básicas ou de cartões de alimentação àqueles que perderam empregos nesta crise. Os promotores também solicitaram que a prefeitura assine contratos com hotéis populares para o acolhimento das pessoas em situação de rua.
Além destes problemas, há uma previsão de que o PIB (Produto Interno Bruto) do país sofra uma queda de 5,15%, de acordo com economistas de instituições consultados pelo Banco Central.
Só neste período de pandemia, o desemprego subiu de 10,9% para 12,2%, o que significa que 12,9 milhões de pessoas ficaram desempregadas.
Em nota divulgada, os promotores afirmaram que: “O que se espera de um administrador público consciente de suas responsabilidades, num grave momento histórico como esse, é lucidez para perceber a situação, compromisso com os mais pobres, ousadia e coragem para implementar as medidas necessárias com rapidez e eficiência”, afirmam os promotores.
Em resposta aos promotores, a prefeitura afirmou que os restaurantes da rede de assistência social estão fechados por conta da necessidade de se restringir o contato social. Mas disse que os que os seus recursos foram destinados para a compra de cestas básicas. Informou também que alimentos doados ao município estão sendo distribuídos nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).