Os professores da USP (Universidade de São Paulo) entraram em greve nesta segunda-feira (30), após decisão aprovada em assembleia na última semana durante negociação salarial. Agora, estão paralisados parte dos funcionários, alunos e docentes da universidade.
Na última terça-feira (24), o CO (Conselho Universitário) da USP — instância máxima de decisões da instituição — contrariou o parecer da COP (Comissão de Orçamento e Patrimônio) e manteve a proposta de reajuste salarial de 3% para professores e funcionários. O órgão que controla as finanças da USP havia sugerido que não fosse oferecido nenhum aumento por causa da crise financeira. Os funcionários e professores pleiteiam aumento de 12,34%.
Além da questão salarial, os motivos elencados pela categoria são “retirada do conjunto das propostas da Reitoria sobre ‘carreira docente’ e avaliação institucional; abertura de todas as contas da universidade; fim da manobra do governo do Estado no repasse dos recursos do ICMS às universidades; contratação imediata de docentes e funcionários técnico-administrativos para recompor o quadro funcional da universidade; fim da destruição do patrimônio da universidade que se expressa nos ataques ao HU, HRAC, creches e Escola de Aplicação, entre outros e defesa da autonomia da universidade”.
De acordo com dados da Comissão de Orçamento e Patrimônio da USP, informados pela própria instituição, o impacto do reajuste sobre a folha de pagamento será de R$ 82,4 milhões neste ano e resultará em comprometimento de 103,89% do orçamento da USP. Com a concessão do reajuste, ainda segundo a USP, a projeção é de que a reserva financeira da universidade se reduza de R$ 592 milhões para R$ 509 milhões ao final de 2016.
Fonte: R7