Jornalistas e fotógrafos foram agredidos e ameaçados por pessoas contrárias ao pedido de prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na noite o dia 5, segundo a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). A Abraji repudiou as agressões e ameaças a profissionais de imprensa. Os casos foram registrados em Brasília (DF) e São Bernardo do Campo (SP) na noite do dia 5.
Segundo a Abraji, em frente à sede da Central Única dos Trabalhadores (CUT), na capital federal, pelo menos 30 manifestantes avançaram sobre um carro do jornal Correio Braziliense e quebraram um dos vidros do veículo. Dentro dele estavam uma repórter, uma fotógrafa e o motorista, mas ninguém ficou ferido. Os manifestantes também gritaram ofensas à imprensa e ao jornal. A equipe registrou ocorrência na Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado.
Os profissionais estavam no local para cobrir o protesto convocado pela CUT em defesa de Lula. De acordo com a associação, um dos manifestantes ameaçou a equipe do SBT (cinegrafista e produtora), que chegou a ser cercada. Um fotógrafo da agência Reuters também foi hostilizado e acabou deixando o local.
Em São Bernardo do Campo, ainda segundo a Abraji, Nilton Fukuda, da agência Estadão Conteúdo, foi atingido com ovos ao registrar manifestações em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, para onde o ex-presidente se dirigiu no início da noite.