O Mais Médicos, programa federal criado para ampliar o acesso à rede de atenção básica, principalmente em regiões mais distantes e periféricas do País, completou cinco anos. No ABC, atualmente, 156 profissionais, entre brasileiros e estrangeiros, atuam nas unidades de saúde espalhadas por Santo André, São Bernardo, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – São Caetano não aderiu.
No início do programa nacional, lançado em julho de 2013, ainda no governo Dilma Rousseff (PT), os seis municípios da região chegaram a ter 189 médicos. Mauá foi a cidade que recebeu mais profissionais, na época, 62, seguida de Santo André (50) e São Bernardo (35), segundo as prefeituras.
Além disso, quando introduzido no País, o programa recebeu série de críticas da classe médica brasileira e gerou certa desconfiança da população com a aterrissagem, aos montes, de profissionais originários de Cuba. No fim de 2014, por exemplo, havia 11,4 mil cubanos entre os 14,4 mil médicos.
Dos 156 profissionais atualmente em atividades no ABC, 68 deles são brasileiros para 88 estrangeiros. Das seis cidades, São Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires possuem hoje mais médicos nascidos no Brasil inscritos no programa do que de outras nacionalidades, respectivamente, 22, 9 e 12.
Apesar do novo interesse dos brasileiros em aderir ao programa federal, o número de estrangeiros ainda é maior. Na região, 88. Mauá lidera com 35 médicos de fora. A Prefeitura não informou a origem dos profissionais. Em Rio Grande da Serra, dos oito profissionais que atuam em oito unidades de saúde, seis deles são cubanos.
Fora os cubanos espalhados pelas cidades do ABC, Diadema possui no seu quadro ainda um médico sírio; São Bernardo, um mexicano, e Santo André, um boliviano.