Publicada por @PriscilaMortensen
A composição química da atmosfera muda constantemente devido à grande quantidade de poluentes lançados todos os dias. Estudos recentes do (ISGlobal) Instituto de Saúde Global de Barcelona, Espanha, demonstram que a qualidade do ar afeta a massa óssea, os minerais e a vitamina D do corpo humano. Por esta razão, a osteoporose, doença que afeta a massa óssea do corpo, está vinculada também à exposição diária com componentes contaminantes existentes no ar como PM2,5 (material particulado formado por partículas cujo tamanho chega até 2,5 micrômetros e pode ser encontrado em nevoeiros e na fumaça).
Os investigadores vem analisando durante três anos a exposição ambiental e a qualidade dos ossos de um total de 3.717 pessoas entre 34 e 37 anos no sul da Índia, país que vive uma das maiores contaminações ambientais do mundo. De acordo com estudo publicado na revista médica Jama Network Open, os ossos humanos são dinâmicos e possuem um processo de regeneração natural porém, ao serem expostos em partículas PM2,5, cuja quantidade não para de aumentar, os problemas são enormes pois as cavidades existentes nos ossos aumentam e outras novas aparecem.
A osteoporose afeta 200 milhões de pessoas no mundo, 10 milhões só no Brasil. Segundo dados de um novo estudo, no mundo, o custo anual de hospitalização por fraturas causadas pela doença é de 19,8 bilhões de reais. Este valor é maior que o custo de infarto (16,7 bilhões de reais), derrames (11,7 bilhões de reais) e câncer de mama (1,9 bilhões de reais).
Além de prejudicar os ossos, a pesquisa aponta que a má qualidade do ar também é motivo de várias outras enfermidades como problemas respiratórios, doenças cardio vasculares, diabetes e o mal de Alzheimer.
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