Só 24 horas após um sobrado desabar em Osasco, na Grande São Paulo, é que técnicos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) foram ao local para tentar controlar o vazamento de água na região. A rua Rua Doutor Miguel Nahka, localizada no bairro Novo Osasco, onde ocorreu o desabamento, foi interditada.
Desde quarta-feira, quando ocorreu o desabamento, a água ficava vazando por debaixo dos escombros de quatro andares que caiu. Seis casas foram afetadas e toda a rua está sem água.
Em 2012, o sobrado ainda tinha apenas dois andares, mas parte do terceiro já tinha começado a ser construído. Até quarta-feira, o sobrado estava em quatro andares, acima do chão. Atualmente, são apenas escombros. Não houve feridos.
A construção é irregular, mas os moradores dizem que vazamentos e bueiros entupidos podem ter contribuído ao desastre. Nesta quinta, técnicos da Sabesp fecharam a ligação da água e, para isso, tiveram que quebrar o asfalto da água. O abastecimento dos moradores da região só voltará após a ligação da casa ter sido fechada.
Alguns moradores da região contam que havia infiltração e vazamentos no solo antes do sobrado cair.
“Os bueiros estão entupidos. Tem uma boca de lobo na frente da minha casa. Água da chuva não tinha pra onde correr, água não tem freio, chegou aqui e estourou o bueiros e passou por debaixo da casa”, disse o instalador de acessórios Jairo Rogério da Silva.
Moradores relataram ter ouvido estalos na casa após a chuva que atingiu a Grande São Paulo na terça-feira.
Os funcionários da Defesa Civil falaram que o laudo oficial sobre as causas da tragédia irá apontar o que provocou a queda, e que ficará pronto nos próximos dias.
A Prefeitura de Osasco disse que todos os moradores vão ter direito a aluguel social e que, desde 2015, recebe notificações sobre o risco de queda do imóvel.
Sobre a limpeza dos bueiros, a Prefeitura diz que, em época de chuva, é difícil atender todos os chamados. Uma força-tarefa foi montada para descobrir as causas do acidente.
Trincas em maio de 2017
Por meio de nota, a Sabesp informou que o desabamento não tem qualquer relação com as estruturas da companhia no terreno.
A Sabesp informou ter vistoriado a casa que desmoronou em maio de 2017, após solicitação da Prefeitura de Osasco. “Foram encontradas trincas que não estavam relacionadas aos sistemas de água e esgoto da Sabesp. Na ocasião, a Defesa Civil do município foi acionada e interditou os imóveis 30 e 498”, explicou a companhia.
Fonte: G1