O Pronto-Socorro de Pediatria do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo (HU-USP), no campus do Butantã, zona oeste da cidade de São Paulo, está com atendimento restrito. Por meio de um aviso público, a instituição comunicou que, desde o último dia 20, os pacientes infantis serão atendidos apenas no horário de 7h e às 19h. A exceção são os casos de urgência.
Segundo o vice-diretor do HU-USP e diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), Gerson Salvador, durante a noite só tem um médico de plantão na ala da pediatria. Ele afirmou que, desde 2014, vem crescendo a carência de funcionários, o que compromete o atendimento da demanda.
De acordo com Salvador, em pouco mais de um ano mais de 300 funcionários deixaram a unidade, incluindo os 213 que aderiram ao Programa de Incentivo à Demissão Voluntária (PIDV), os que se aposentaram e outros tipos de desligamentos. “O reitor abandonou o hospital. Há uma situação de caos e o quadro mais grave é o da pediatria”, denunciou o médico.
Assembleia
Ele acrescentou que, de um total de 44 anestesistas, sobraram apenas 28 e mais de 50 leitos estão bloqueados por fala de profissionais. Conforme o dirigente, essa situação foi relatada ao Ministério Público do Estado de São Paulo.
Em assembleia realizada ontem (25), o Simesp decidiu encaminhar um ofício à reitoria da USP para pedir a imediata contratação de médicos, enfermeiros e técnicos. Alguns pacientes que deixaram o hospital nesta manhã (26) relataram ter observado atendimento normal. Outros saíram resmungando, mas sem explicar os motivos do descontentamento.
Fonte: Agência Brasil