O aumento da segurança é o principal fator para que os paulistanos escolham a bicicleta como meio de transporte, de acordo com pesquisa anual “Viver em São Paulo: Mobilidade Urbana”, realizada pela Rede Nossa São Paulo, que será divulgada nesta terça-feira (10).
Segundo o levantamento, 33% dos entrevistados elegeram o tema como fundamental ao avaliarem a possibilidade de trocar o carro ou o transporte coletivo pelas pedaladas — em 2018, eram 30%,
Construção de ciclovias que interliguem as diferentes regiões da cidade e distâncias menores ocupam a segunda posição no estudo (20%) deste ano. A topografia da cidade — menos subidas, ladeiras e morros — (18%) e mais sinalização nas ruas (16%) são os outros tópicos mais destacados pelos entrevistados.
No entanto, a falta de vestiários, bicicletários, condições de saúde e até a ausência de opções de locomoção também foram lembradas na pesquisa da Rede Nossa SP. Já outros 23% dos moradores de São Paulo ouvidos no levantamento não utilizariam a bicicleta como alternativa de transporte sob nenhuma hipótese.
Violência no trânsito
Se a disposição em experimentar a ciclovia como forma de transporte na cidade é afetada pela segurança do usuário, a criminalidade e a violência no trânsito paulistano são fatores que desestimulam o uso de ciclovias e ciclofaixas na capital.
Furtos e roubos praticados nas ruas e avenidas da cidade representam o maior temor para 35% dos entrevistados neste ano, porcentagem que já foi mais alta nas pesquisas de 2016 e 2017 (47%).
O desrespeito de parte dos motoristas por usuários de outros meios de transporte afligiu 26% da população na aferição deste ano — ante a 37% e 35% nos dados coletados em 2016 e 2017, respectivamente.
Deslocamentos por SP
A Rede Nossa São Paulo fez outros questionamentos relativos à mobilidade urbana na cidade. O estudo constatou que mais da metade dos entrevistados (58%) leva até 2h por dia para se deslocar pela cidade.
O tempo médio diário de deslocamento para realização da atividade principal caiu dez minutos em relação ao ano passado e, em 2019, foi de 1h47.
Metodologia
O levantamento da Rede Nossa São Paulo, iniciado há 12 anos, 800 entrevistas
(presenciais e online) com moradores de todas as regiões da capital paulista — com idade igual ou superior a 16 anos — entre os dias 3 e 19 de agosto para a edição de 2019.
Fonte: R7
Foto: Diego Padgurschi/Folhapress