Após quatro dias de fechamento para novos casos devido ao quadro de superlotação, o pronto socorro infantil do Hospital de Clínicas da Unicamp retomou os atendimentos nesta segunda-feira (4), em Campinas (SP). A Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) continua com com mais pacientes do que a capacidade, mas há previsão de que dois leitos sejam liberados até o fim do dia. O hospital estava atendendo a ala pediátrica acima da capacidade desde a última quinta (31).
Fechamento
De acordo com o hospital, a medida de suspensão dos atendimentos veio para garantir a segurança dos pacientes que já estavam internados. Na ocasião, a orientação era que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) não encaminhasse pacientes graves para o local.
A enfermaria infantil estava com oito crianças com suporte de ventilação mecânica. Já a UTI pediátrica, que tem capacidade para 10 pacientes, estava atendendo 12.
Durante a manhã de sexta-feira (1), apenas uma criança conseguiu ser internada porque chegou ao HC em estado grave e os médicos não permitiram que ela deixasse o local. Em seguida, uma das crianças internadas recebeu alta e deu vaga para a nova paciente.
A equipe do HC disse que, apesar dos problemas, as equipes não têm medido esforços para prestar atendimento aos pacientes.
H1N1
O chefe da emergência pediátrica, Emílio Baracat, afirma que a decisão de fechar a unidade foi tomada devido ao surto da gripe H1N1 que chegou ao estado de São Paulo, mas ainda não é crítico em Campinas. A cidade de 1,3 milhão de habitantes tem cinco casos confirmados divulgados.
“Nós temos um surto de H1N1 em São Paulo que não chegou em Campinas. A gente não sabe o que vai acontecer nos próximos meses. Então, definimos que temos que ter uma margem de pelo menos dois leitos para poder abrir de novo e termos uma margem de segurança para admitir novos pacientes”, explica.
Novo prédio
Para sobrar a capacidade da UTI pediátrica do UC, um novo prédio está em construção, mas só deve ficar pronto em dois anos. A capacidade atual é de dez leitos, mas neste período os médicos e profissionais de enfermagem conseguiram arrumar mais dois leitos provisórios.
Fonte: G1