O número de pedestres vítimas de acidentes de trânsito na cidade de São Paulo cresceu 23% no primeiro semestre de 2017, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 224 casos entre os meses de janeiro e junho, contra 182 em 2016.
Os dados são do Infosiga SP, banco de dados do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito.
Os atropelamentos são a maior causa de mortalidade no trânsito da capital paulista. Em 2016 eles representaram quase um quarto de todos os casos com vítimas, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Dos 16.052 acidentes, 3.777 foram deste tipo, com 4.134 vítimas. Neste ano já foram registrados 482 óbitos.
No Estado, apesar do número de mortes ter recuado 3,8%, as fatalidades com pedestres aumentaram 7,2%. Esse tipo de acidente representou 28,4% dos óbitos, atrás apenas dos casos com motociclistas (33,5%). Uma a cada três vítimas atropeladas (34%) tem mais de 60 anos. Mais da metade (56,9%) das ocorrências aconteceu em vias municipais, predominantemente à noite (57%).
Celebrado no dia 8 de agosto, o Dia Mundial do Pedestre relembra os desafios de quem transita a pé por São Paulo. Iluminação, qualidade das calçadas e o tempo de travessia nos semáforos são apenas alguns exemplos.
Em junho, o prefeito João Doria (PSDB) sancionou o Estatuto do Pedestre para fazer valer os direitos de 31% da população da Região Metropolitana de São Paulo que utiliza a caminhada como forma de locomoção.
A medida prevê o investimento fixo de um terço das receitas vindas do Fundurb (Fundo de Desenvolvimento Urbano) e que operações urbanas e concessões urbanísticas priorizem as viagens a pé.