No início desse ano o prefeito de São Bernardo do Campo, Orlando Morando, assinou a ordem de serviço autorizando o início da construção dos quatro corredores exclusivos de ônibus e do Terminal Batistini, já anunciados anteriormente. Na primeira semana de junho foi entregue o corredor João Firmino.
Tais implantações fazem parte do novo modelo de Mobilidade Urbana do município que, em determinados pontos, acumula grande número de veículos em horários de pico.
O que alguns munícipes estão questionando é a necessidade de tantas mudanças, envolvendo tamanho gasto e tempo. É o que aponta Ana Alice Vieira, 43 anos, moradora do bairro Demarchi, que receberá um trecho do corredor Galvão Bueno. “Poderia ser uma ótima saída para amenizar o trânsito na avenida principal se não fosse o transtorno que toda essa obra vai causar. Além do que, não vejo como será possível ocupar uma pista para a circulação de ônibus e deixar apenas uma para os inúmeros carros e caminhões que passam por aqui sem parar”.
O corredor de ônibus na Estrada Galvão Bueno contará 6,3 quilômetros de extensão. Terá início na rotatória do Trecho Sul do Rodoanel, se estendendo até o fim da Avenida Maria Servidei Demarchi. Serão 18 paradas. O objetivo é melhorar a mobilidade para moradores dos bairros Batistini, Demarchi e Botujuru, uma vez que haverá implantação de linhas tronco alimentadas entre o Terminal Batistini e a área central da cidade. Essa obra está estimada em R$ 16,4 milhões.
Raimundo Ferreira tem comércio na região há 29 anos e não vê a obra de forma positiva. “Não vejo nada de positivo nessa obra. Além do transtorno que vai causar aqui na avenida, o valor gasto será absurdo. Outra coisa que eu não entendo é como isso será feito, porque mesmo reduzindo as calçadas, ainda assim, não há menor possibilidade de se criar um corredor exclusivo de ônibus aqui na Maria Servidei”, destaca o comerciante.
Com perspectiva de finalizar as obras a partir de 2020, o prefeito de São Bernardo, afirmou que ao todo, as vias terão 18,95 quilômetros de extensão, com plataformas centrais e os cinco lotes terão custo total de R$ 135,2 milhões.
Todo o investimento em torno das obras é proveniente por parte da verba de US$ 125 milhões – cotados hoje em R$ 403,4 milhões – do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para investimentos na melhoria da estrutura viária de transporte coletivo, pelo convênio assinado em 2014. Estão inclusos na ordem de serviço os corredores São Pedro, Rotary, Castelo Branco e Galvão Bueno e o Terminal Batistini.